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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (18) querer que o Banco do Brasil seja o maior banco do país.

Ao ser questionado sobre o processo de compra do banco Nossa Caixa pelo BB, Lula disse apenas que o processo continua sendo avaliado, mas que o negócio é de interesse do BB, do Estado de São Paulo - controlador da Nossa Caixa, e do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"Nós queremos que o Banco do Brasil seja muito maior do que qualquer outro banco no Brasil", disse o presidente a jornalistas, após almoço no Palácio do Itamaraty com o presidente da Indonésia.

Fortalecimento do crédito

O presidente Lula se reúne nesta terça-feira (18), com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com os presidentes do Banco do Brasil, da Caixa e BNDES para discutir alternativas para continuar fortalecendo o crédito bancário no país. Na reunião, também será discutida a possibilidade de compra da Nossa Caixa - banco público de fomento do governo de São Paulo - pelo Banco do Brasil.

"Eu sei do interesse do Banco do Brasil, eu sei do interesse do governo do estado de São Paulo, eu sei do interesse do ministro Guido Mantega. Hoje eu tenho uma reunião e vamos fazer uma avaliação se é importante, se não é importante, o que ganha, o que perde com isso", disse Lula.

Segundo o presidente, nesta reunião não será tomada uma decisão em relação à Nossa Caixa, mas o governo tem interesse de que o Banco do Brasil volte a ser o maior do país. O BB perdeu essa condição depois da fusão do Itaú e do Unibanco.

"O Banco do Brasil era o principal banco do Brasil. Com a fusão do Itaú e Unibanco, o Banco do Brasil passou a ser o segundo banco, e nós queremos que o Banco do Brasil seja muito maior do que qualquer outro banco no Brasil", disse Lula.

O presidente afirmou que só tomará uma decisão depois de ouvir todos os setores interessados no negócio:

"Eu não tenho avaliação ainda, porque tenho que ouvir primeiro o ministro Guido Mantega, eu tenho que ouvir o presidente do Banco do Brasil (Antônio Lima Neto) e depois eu quero ouvir os interesses do governador José Serra. Aí formarei uma posição e tomarei uma decisão", salientou.

O presidente afirmou que o assunto principal da reunião - da qual participará também o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles - é o crédito. Lula disse que quer saber como está fluindo o crédito nos bancos públicos, porque ainda está havendo problemas.

"O problema não é falta de dinheiro. O problema é que as pessoas estão com medo. O que pode gerar uma crise na economia real? Na medida em que a gente fala todo dia de crise, as pessoas que estão trabalhando vão ficando com medo de perder o emprego; por conta do medo de perder o emprego, as pessoas não fazem compras; não fazendo compra, o que pode acontecer? O desemprego de que ele tanto tem medo", disse Lula.

O presidente afirmou que esse discurso não é um incentivo às pessoas se endividarem, mas a aproveitarem o momento para negociar bons preços.

"Obviamente nós temos que tomar o cuidado de não ficar incentivando as pessoas que estão endividadas a fazerem contas. Quem está endividado tem que pagar as dívidas e não fazer novas despesas, mas quem não está endividado pode comprar normalmente e aproveitar as oportunidades. Essa é a hora de as pessoas aprenderem a fazer bons negócios: comprar o carro mais barato, comprar a televisão mais barata", argumentou Lula, acrescentando que ninguém pode gastar mais do que ganha.

Para Lula, se as pessoas não ajudarem a movimentar a economia, haverá desemprego.

"Se nós não tivermos essa consciência e colocarmos o pouquinho que temos embaixo do colchão, as pessoas não vão comprar, as fábricas não vão produzir, as lojas não vão vender e aí vamos ter desemprego". "Vocês também tomem cuidado porque os jornais ficam à venda e vocês podem perder o emprego", brincou Lula com os jornalistas.

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