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O preço dos alimentos, que disparou desde o ano passado e atingiu diretamente a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda é uma das maiores preocupações dos brasileiros e se reflete diretamente na percepção de como a economia caminhará até o final deste mandato.
De acordo com uma nova pesquisa de opinião divulgada nesta sexta (25) pelo Paraná Pesquisas, a maioria dos brasileiros vê dificuldades em comprar picanha e cerveja (68,4%) até o final do governo Lula. Estes dois itens foram as principais promessas do petista durante a campanha eleitoral de 2022.
Apenas 25,7% veem alguma facilidade na aquisição destes produtos, e 5,9% não souberam responder ou não opinaram.
Esse pessimismo com a compra de picanha e cerveja é maior na região Sul do país (74,2%), seguido pelo Norte e Centro-Oeste (72,9%), Sudeste (69,8%) e Nordeste (60,9%). Apesar de ser o menor índice apurado, esta última região do país é a principal eleitora de Lula e que já vem, nas últimas pesquisas de opinião, desaprovando a gestão do petista.
A maioria dos entrevistados pelo Paraná Pesquisas (73,7%) também percebeu um aumento dos preços nos supermercados após Lula voltar ao governo, enquanto que 16,9% não notaram mudanças e apenas 7,1% sentiram uma redução.
A sensação de redução contrasta com dados oficiais que apontam, por exemplo, uma disparada de 1,14% na prévia da inflação dos alimentos no mês de abril, segundo levantamento do IBGE divulgado mais cedo.
Assim como na dificuldade de se comprar picanha e cerveja até o final deste mandato de Lula, as regiões Sul (78,5%) e Norte e Centro-Oeste (76,9%) são as mais pessimistas e as que mais sentiram o aumento dos preços nos supermercados. As regiões foram seguidas pelo Sudeste (76,6%) e pelo Nordeste (65,1%).
Por outro lado, os entrevistados pelo Paraná Pesquisas acreditam que a situação financeira da sua família permaneceu igual para 42,7%, piorou para 36,8% e melhorou para 18,9%. Outros 1,6% não souberam responder ou não opinaram.
O Paraná Pesquisas ouviu 2.020 pessoas em 106 municípios de 26 estados e do Distrito Federal entre os dias 16 e 19 de abril. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com grau de confiança de 95%.
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