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As oportunidades profissionais para pessoas com mais de 50 anos estão sendo ampliadas. É o que mostra o estudo "O trabalho a partir dos 50 anos de idade", divulgado em maio deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feito a partir da Pesquisa Mensal de Emprego, que consultou 41 mil domicílios no país.

De acordo com o levantamento, de 2002 para cá, a população economicamente ativa aumentou 8,6%, enquanto o número de pessoas em idade ativa acima de 50 anos cresceu 22,8%. Mesmo assim, enquanto a população ocupada aumentou 13,9%, a faixa dos ocupados com 50 anos ou mais cresceu 33,9% no mesmo período. Ou seja, existem cada vez mais brasileiros acima dos 50 anos que podem trabalhar, e esse pessoal consegue se manter empregado.

Ainda conforme o IBGE, entre agosto e setembro deste ano houve uma alta de 2% no número de pessoas empregadas com 50 anos ou mais – o que representa 78,4 mil postos de trabalho. E a tendência é que o mercado de trabalho seja constantemente povoado por pessoas mais maduras, devido ao aumento na expectativa de vida proporcionado pelo avanço da medicina. "Antigamente, as pessoas tinham o vício de parar a carreira aos 50, mas hoje elas podem trabalhar até os 80", comenta a consultora em carreira Maria Christina de Andrade Vieira. Segundo ela, há o agravante de que a aposentadoria nem sempre permite uma vida com qualidade, o que obriga a pessoa a procurar outro rendimento.

Uma boa notícia para os trabalhadores mais maduros é que existem quatro projetos de lei tramitando no Senado Federal (103/1999, 103/2003, 461/2003 e 83/2005) que pretendem a reserva de vagas para pessoas com mais de 40 anos. Em contrapartida, os empregadores ganhariam incentivos fiscais. Um deles institui o Programa de Incentivo ao Trabalhador – nos moldes do Programa Primeiro Emprego – destinado a jovens desempregados. Outro obriga empresas com 50 empregados ou mais a oferecer, no mínimo, 20% das vagas a pessoas com 45 anos ou mais. Resta saber se as regras serão aprovadas – e bem sucedidas. (MS)

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