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Nexus One: 3G com falhas | Divulgação/Google
Nexus One: 3G com falhas| Foto: Divulgação/Google

É tela sensível ao toque que demora para "sentir" seu dedo, wi-fi complicado de ligar, aplicativos essenciais que ficam escondidos em pastas que não fazem sentido, câmeras que não gravam a opção de sempre usar o flash, para não falar da dificuldade de pesquisar o nome de uma pessoa no meio de uma lista de contatos gigantesca. Adicione aqui os problemas que você mesmo sente no uso do seu celular.

São tantos percalços que dá até para afirmar: todo celular tem sua chatice – até o aclamado Nexus One, da Google, que "perde" a conexão 3G com facilidade. Surgem novos smartphones, tecnologias, e ainda assim os telefones parecem ficar cada vez mais, digamos, burros. No mesmo compasso em que damos novas utilidades para o celular, como acessar a internet, aumenta a necessidade de deixar a experiência mais fácil. E isso nunca acontece no ritmo que precisamos.

Não é por falta de investimentos das empresas. O próprio Google está tornando os celulares com sistema Android completamente controláveis por comandos de voz.

A Nokia também procura criar celulares mais fáceis de usar pesquisando novas formas de interagir com os aparelhos, como por meio de gestos de movimento. Ao virar a tela para baixo do modelo N97, um dos mais avançados, a música do toque do telefone é bloqueada, silenciando a chamada.

A próxima evolução é um jeito de silenciar o toque mesmo com o telefone dentro do bolso da calça, segundo a designer da Nokia Juliana Ferreira.

O objetivo do trabalho dela sempre é tentar tornar os celulares mais fáceis de usar. É por isso que a pesquisa é quase antropológica. "Visitamos muitos países para identificar o comportamento das pessoas. Uma vez estive em um vilarejo na África seguindo uma pessoa por dois dias para saber como é o dia-a-dia dela. A gente não tem ideia de como as pessoas vivem. E por incrível que pareça, as pessoas que pesquisamos adoram ter atenção e contar cada detalhe da sua vida", diz.

A pesquisa sobre os controles por gestos também é assim. Juliana conta que a equipe pensou em gestos como o de beijar a tela do celular para enviar uma mensagem ao namorado. Esfregar um telefone no outro poderia trocar contatos entre eles, como um cartão de visita virtual. Ou rodar o telefone para o alto para acionar o GPS e localizar o telefone. "É difícil agradar todo mundo, por isso a gente tenta ser o mais flexível possível. Quanto mais flexibilidade, mais complexidade você cria. É o grande desafio tecnológico", diz Juliana.

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