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A Sondagem da Indústria de Transformação – Quesitos Especiais, elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), revela que as projeções dos empresários brasileiros sobre a economia do país para 2007 são mais favoráveis que as realizadas no mesmo período do ano passado. Foram consultas 1.051 empresas.

A pesquisa aponta aquecimento no ritmo de expansão do emprego industrial em 2007. Em comparação com as previsões feitas em outubro do ano passado para este ano, a parcela de empresas que pretendem contratar aumentou de 30% para 40%, enquanto que as que programam demissões diminuiu de 16% para 10%.

Mesmo assim, diz a FGV, as perspectivas encontram-se ainda aquém do otimismo verificado em outubro de 2004. As previsões deste ano em relação ao faturamento indicam haver uma percepção de que o país não crescerá em 2007 muito mais do que cresceu este ano.

Em relação à situação atual dos negócios, o resultado mostra que o setor industrial prevê crescimento de produção e emprego, mas percebe fatores que podem afetar negativamente sua rentabilidade.

Em comparação com as previsões do ano passado, a proporção de empresas que esperam melhora da situação dos negócios no ano seguinte aumentou de 44% para 47%. Já o grupo de pessimistas diminuiu sua participação de 13% para 6%.

A parcela de empresas que prevêem aumento do faturamento, descontada a inflação, reduziu-se de 72% para 71%. A proporção de empresas que projetam faturar menos diminuiu de 9% para 5%.

Entre as empresas que prevêem crescimento do faturamento, 42% prevêem taxas entre 0,1% e 5%, contra 24% que assinalaram esta mesma faixa em outubro de 2005. Um crescimento entre 5,1% a 10% foi previsto por 37% das empresas, contra 52% em outubro do ano passado; 16% dos informantes prevêem aumento entre 10,1% a 20% (19% em 2005); e somente 5% esperam crescer mais de 20%, mesmo porcentual verificado no ano passado.

Em relação aos investimentos produtivos, as previsões feitas em outubro deste ano superam as de outubro do ano passado. A proporção de empresas que programam aumentar os gastos em 2007 é de 39%, ligeiramente acima dos 38% que previam o mesmo em 2006. Por sua vez, diminuiu de 22% para 13% a proporção de empresas projetando redução dos investimentos.

Exportações e importações

As expectativas quanto às exportações da indústria de transformação são mais otimistas do que as feitas em outubro de 2005. Empresas que representam 59% do mercado esperam crescimento das exportações em 2007, parcela superior à de 53% que previram o mesmo no ano passado. A proporção das que prevêem diminuição das exportações baixou de 12% para 10%.

Pessimismo no Paraná

As sondagens recentes feitas pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) indicam um cenário mais pessimista. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, a tendência é de que a economia continue a crescer em ritmo lento, por volta dos 3%. "Quem sabe possa se chegar a 5%, dependendo da ousadia dos novos gestores da economia", afirmou. No entanto, ele diz que ainda é prematuro fazer previsões para 2007. "Acho que para ter uma noção mais precisa devemos esperar mais uns 60, 90 dias, após o Carnaval", disse.

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