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O que é isso?

Entenda os termos e condições ligados à emissão de debêntures da BNDESPar.

Os papéis

Debêntures são um tipo de título de renda fixa emitido por empresas privadas. Por eles, o emissor se compromete a pagar juros sobre o aporte feito pelo investidor, no prazo e condições previstas. Funciona como um empréstimo, por isso as debêntures são classificados como títulos de dívida privada.

A emissora

BNDES Participações (BNDESPar) é o nome de uma empresa ligado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja finalidade é investir em "fatias" de empresas presentes no mercado de capitais. A BNDESPar tem participações em diversas empresas do porte da Petrobras e da Vale. No Paraná, ela é dona de 8,64% do capital da Bematech e de 24% de todas as ações da Copel.

A emissão

É a terceira vez que a BNDESPar emite debêntures para o mercado de varejo. Desta vez serão lançados R$ 2 bilhões em papéis, em três séries diferentes e com investimento mínimo de R$ 1 mil. O que diferencia as séries é a fórmula de remuneração, com juros pré-fixados, flutuantes ou com correção pelo IPCA.

As taxas de juros para cada série serão definidas conforme a demanda dos investidores, em um processo chamado de bookbuilding.

As pessoas interessadas em aplicar nas debêntures da BNDESPar têm mais uma semana para fazer a reserva dos papéis na corretora de sua preferência. O período em que o investidor manifesta o interesse no negócio encerra-se no dia 3 de abril. Só depois disso serão definidas as taxas de remuneração, por meio de uma análise de demanda denominada bookbuilding no jargão no mercado. O resultado será divulgado ainda no dia 4.

Especialistas indicam o investimento em debêntures para investidores que buscam formas de diversificar os seus ativos. A BNDESPar, empresa ligada ao Banco Nacional de Desenvolvi­men­to Econômico e Social (BNDES, veja mais informações sobre ela no box ao lado) é considerada um emissor de baixo risco, o que torna os papéis da em­­presa possíveis "concorrentes" com o Tesouro Direto, por exemplo. A agência de rating Moody's classificou a emissão como Aaa.br, a categoria de menor risco no Brasil.

São três séries de papéis, cada uma com características diferentes, em especial no que se refere à remuneração. A conjuntura atual, com juros em queda e incertezas no que se refere ao comportamento da inflação, faz com que essas possibilidades sejam mais importantes para o investidor. Segundo especialistas do mercado, a primeira série, que paga juros pré-fixados, tende a ser mais interessante. Ela estabelece uma taxa para os próximos anos, o que é positivo em um cenário de Selic em queda. Na última emissão da BNDESPar, realizada no fim de 2010, a série pré-fixada fechou em 12,56% ao ano. Para este ano, segundo estima Chede, a tendência é aproximar-se de 11% – ganhos comparáveis com os do Tesouro Direto e superiores aos dos fundos DI.

A mesma lógica torna menos indicada a segunda série, cujos juros serão definidos trimestralmente com base no DI (acrescido de um porcentual de até 0,7 ponto, definido no processo de bookbuilding). A tendência é que os ganhos dessa série caiam caso confirme-se a tendência de uma taxa Selic em queda nos próximos anos.

Já a terceira série, que dá ao in­­vestidor a garantia de obter a correção do valor investido pela inflação, é uma escolha mais difícil. É a única opção que prevê pagamento de juros anuais, a partir de 2014. Nesse caso, vai contar pontos a li­­quidez do investimento. Qualquer que seja a escolha, o especialista observa que o investidor deve estar pronto para carregar o título até o vencimento. O mercado secundário de títulos desse tipo é muito pequeno, o que significa que tentativas de vender as debêntures antes do tempo podem resultar em forte deságio. A comparação com o Tesouro Direto é desvantajosa, já que os títulos públicos têm garantia de recompra, a preços de mercado, toda quarta-feira.

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