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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na tarde desta quarta-feira que os presidentes dos principais bancos federais, como Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF), vão permanecer no cargo.

O objetivo do governo é tentar dar um perfil mais técnico às insitiuições, normalmente fortes alvos de disputas políticas, uma vez que carregam pesados orçamentos.

Mantega adiantou que as atuais diretorias e vice-presidências dos bancos também não serão mexidas, mas não descartou a possibilidade de pessoas de fora virem a formar o quadro desses bancos.

— Por enquanto, não vai haver mudanças. Vou examinar as diretorias e vice-presidências com calma... Mas isso não significa que não possa haver indicação de fora do banco, mas terá de ter avaliação técnica — afirmou o ministro.

No BB, foi confirmado Antônio Francisco Lima Neto, que estava desde dezembro passado interinamente à frente do banco. Na instituição, que tem ações negociadas em bolsa, duas das sete vice-presidências são ocupadas por funcionários de carreira ligados ao PT (a de Crédito e a de Gestão de Pessoas), que não devem ser alteradas.

Deverá ficar vaga a vice-presidência de Tecnologia, que poderá ser alvo de disputa. Hoje, o PMDB faz grande pressão para conseguir posições dentro do maior banco do país, mas enfrenta resistência dentro do governo.

Na CEF também foi confirmada a permanência de Maria Fernanda Coelho, funcionária de carreira e que assumiu o banco depois do escândalo da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa.

O caso culminou nas demissões do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) e do ex-presidente da CEF Jorge Matoso, ligado à ministra do Turismo, Marta Suplicy. Também há disputa política por cargos de segundo escalão dentro do banco.

Mantega confirmou ainda que Alberto Smith continua na presidência do Banco do Nordeste, cargo que ocupa há quatro anos. No Banco da Amazônia (Basa), a presidência será ocupada por Abdias Júnior, que estava em uma superintendência do BB no Paraná.

O ministro afirmou que um dos objetivos principais dessas instituições será aumentar o volume de crédito na economia, bem como contribuir para a redução dos juros e dos spreads --diferença entre o custo de captação e a taxa efetivamente cobrada pelos bancos.

Sobre a compra da Varig pela Gol, Mantega disse:

— Ainda não analisei em detalhes. Mas o negócio deve ser positivo. A Gol é uma empresa sólida, esté crescendo no Brasil e vai ativar algumas linhas que tinham sido desativas pela Varig, sobretudo para o exterior. Isso é positivo.

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