O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta terça-feira que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais alto em janeiro já era esperado. Ele também previu um arrefecimento da inflação nas próximas divulgações do indicador. Segundo ele, o resultado de janeiro se deve à volta da inflação das commodities (matérias-primas), que está forte no mundo todo, e à pressão sazonal do mês. "Janeiro costuma ter pressão de transporte e educação", afirmou Mantega.
"Em todo janeiro, vocês podem olhar, têm isso", disse o ministro destacando que "essas duas coisas" é que deram o 0,80 e poucos ao IPCA, um número parecido com janeiro do ano passado". Para o ministro, esse não é um problema para o Brasil, pois a pressão de transporte e educação tende a regredir a partir de fevereiro. "Mesmo commodities, eu acredito que elas vão ter uma trajetória decrescente ou estável nos próximos meses. Isso significa que a tendência é de arrefecimento da inflação", observou.
"Não digo fevereiro, pois ainda há pressão de transporte. Mas, a partir de março e abril, vocês verão essa pressão diminuindo", completou. Na manhã desta terça, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação medida pelo IPCA fechou janeiro em 0,83%, o que indica uma aceleração da alta de preços ante a taxa de 0,63% de dezembro. Os grupos de Alimentos e Bebidas e o de Transportes contribuíram com 0,56 ponto porcentual para o índice, o que equivale a 67% do IPCA no mês passado.
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