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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, traçou um cenário otimista da economia brasileira, durante a reunião ministerial na manhã desta segunda-feira. Mantega, o primeiro ministro a falar, disse que o risco Brasil vai cair para um nível entre 100 e 110 pontos, mas não estabeleceu o prazo.

Nesta segunda-feira, o indicador voltou a bater uma nova mínima histórica de 165 pontos básicos.

A notícia influencia também na cotação do dólar, que cai 0,58%, a R$ 2,0480.

Segundo o economista-chefe do banco Schahin, Silvio Campos Neto, o risco reflete a melhora dos indicadores econômicos do país, como a recente divulgação do PIB de 2006 e as revisões promovidas na relação de dívida e PIB em função da nova metodologia de cálculo adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

- O mercado passa a criar a expectativa de que, em breve, o Brasil possa ter um 'upgrade' (melhora) em sua classificação de investimento. Com isso, o país registra uma entrada maior de capitais e tem seu fluxo de investimentos especulativos reduzido - avalia.

Os pontos básicos mostram a diferença entre a taxa de retorno dos títulos de países emergentes e a oferecida por títulos emitidos pelo Tesouro dos Estados Unidos.

Assim, a cada 100 pontos expressos pelo risco-Brasil, os títulos do país pagam uma sobretaxa de 1% acima dos títulos americanos, considerados sem risco.

Em outras palavras, os títulos brasileiros chegaram a pagar 1,65 ponto percentual a mais que os dos EUA nesta segunda-feira.Lula: gasto do capital político valeu a pena

Ao analisar o crescimento da economia, Mantega disse que, de 1995 a 2002, o Brasil enfrentou um período de crescimento incipiente, em média 2,3%; passou para um crescimento moderado (em média 3,4%), de 2002 a 2006, e agora entre numa fase de crescimento vigoroso, com meta de 4% a 5%.

Mantega destacou aspectos que evoluíram no atual governo, como o aumento do crédito, a redução da dependência externa e o crescimento da renda nas camadas mais pobres.

Logo depois do pronunciamento de Mantega, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma intervenção, dizendo que "valeu a pena gastar o capital político" das eleições de 2002 para organizar o país em 2003. Para Lula, o sacrifício do primeiro ano de governo deu certo.

Lula fez questão de dizer aos ministros que, mesmo com a economia arrumada, é preciso controlar gastos para evitar que a inflação cresça, atingindo principalmente os mais pobres. Lula afirmou que não é o momento de soltar as rédeas.

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