O ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou fazer projeções sobre o superávit primário que o governo central vai perseguir neste ano e se esquivou em responder se o valor poderia ser menor do que o realizado em 2013. Ele disse que, neste momento, "não vai definir parâmetros para 2014" e que uma definição sobre isso deve ocorrer no início de fevereiro, quando será publicado o primeiro decreto de programação orçamentária.
Mantega destacou ainda que, em 2013, o governo central poderia ter abatido R$ 45 bilhões de investimentos do PAC e de desonerações tributárias do seu resultado primário, o que não ocorreu. "Em 2014, nós poderíamos abater R$ 45 bilhões, e não vamos fazer isso. Será (um valor) menor."
O ministro disse que a obrigação do governo central era apresentar um bom resultado primário, "e não ficar especulando" sobre eventual rebaixamento do rating brasileiro. O comentário foi uma resposta ao questionamento sobre análises que apontam que o superávit primário realizado pelo governo central em 2013 pode não livrar o Brasil do rebaixamento da nota de classificação de risco de agências internacionais. "Estamos apresentando um bom resultado, (sobre) algo que era tido como um problema por algumas empresas de rating", disse.
Guido Mantega voltou a citar a melhora da economia internacional como fator necessário para garantir um bom desempenho da economia brasileira neste ano. Mais que isso, afirmou que a economia internacional já dá "sinais sólidos de melhoria" e que por isso o Brasil poderá exportar mais em 2014. Uma referência ao resultado da balança comercial divulgado pelo governo na quinta-feira,2, que mostraram uma queda de 1% em 2013 ante 2012. "Não foi ano bom para balança comercial", admitiu.
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