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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, prevê uma taxa de crescimento médio de 5,9% para o mandato da presidente Dilma Rousseff, que começou no início de 2011 e se estende até 2014. A apresentação do ministro na primeira reunião ministerial da nova presidente da República foi divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Ministério da Fazenda.

A estimativa do ministro da Fazenda é de que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 5% neste ano. Entretanto, ele também prevê aceleração do crescimento nos próximos anos. A expectativa de Mantega é que a economia brasileira cresça 5,5% em 2012 e 6,5% em 2013 e 2014, perfazendo uma taxa média de 5,9% em todo o mandato de Dilma Rousseff. Entre 2002 e 2010, nos dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a taxa média de crescimento do PIB, segundo ele, ficou em 4%.

Na visão do Ministério da Fazenda, o crescimento da economia brasileira será sustentável, ou seja, sem desequilíbrios macroeconômicos e com inflação sob controle. Ele também avaliou, na apresentação que foi feita aos demais ministros e divulgada para a imprensa, que a solidez fiscal (corte de gastos e obtenção da meta de superávit primário - que é a economia feita para pagar juros da dívida pública) resultará em queda da dívida pública nos próximos anos.

Inflação

Para a inflação, porém, a previsão do ministro Mantega, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para o sistema de metas de inflação do governo federal, é de que ela some 5% neste ano. Acima, portanto, da meta central de 4,5% estipulada para 2011.

O Banco Central tem dito que o Comitê de Política Monetária (Copom) continua mirando na meta central deste ano. Como há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais em relação à meta central, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. A previsão de Mantega é de que o IPCA volte ao centro da meta somente em 2012, quando deverá atingir 4,5%.

Corte de gastos e investimentosEm sua apresentação feita na reunião ministerial, o ministro da Fazenda avaliou ainda que o corte de gastos públicos, cujo valor será divulgado em fevereiro deste ano, vai reduzir "consideravelmente" os gastos de custeio, ou seja, aqueles relacionados com o dia a dia dos ministérios. Informou ainda que o objetivo da política de gastos públicos é "abrir espaço" para a continuação dos investimentos públicos e para a redução da taxa básica de juros, atualmente em 10,75% ao ano, o que representa, em termos reais, a taxa mais elevada do planeta.

Essa política de redução de gastos também diminuiria a pressão de queda da taxa de câmbio, visto que investidores trazem dólares para o país em busca de melhores remunerações.

Na avaliação do ministro da Fazenda, o corte de gastos públicos não se trata de um "ajuste fiscal clássico", que resulta em desemprego, recessão e redução dos investimentos públicos. Ele informou que haverá um "esforço de racionalização" com "aumento da eficiência" do gasto público.

Segundo ele, a taxa de investimentos da economia brasileira, que ficou em cerca de 19% do PIB em 2010, deverá avançar neste e nos próximos anos, atingindo 24% do PIB em 2014, último ano da gestão Dilma Rousseff. Com isso, o país se aproximaria do patamar de investimentos da Turquia e superaria, por exemplo, os Estados Unidos e Israel. Permaneceria abaixo, porém, de outros países emergentes, como a China e a Índia.

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