O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu nesta quarta-feira que o processo de seleção dos presidentes de órgãos multilaterais internacionais tem de ser revisto porque ainda espelha uma realidade do pós-guerra, ou seja, com hegemonia dos Estados Unidos e da Europa. Mantega estava se referindo à indicação de Robert Zoelick para a presidência do Banco Mundial (Bird), feita pelo presidente americano George W. Bush.
- Nós achamos que esse processo de seleção de presidentes das instituições multilaterais está um pouco defasado. Talvez valha um pouco no passado, quando havia determinada correlação de forças. Infelizmente, não foi possível ainda estabelecer um novo procedimento para essa escolha - afirmou o ministro ao chegar à reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Apesar das declarações, Mantega considerou boa a indicação de Zoellick, quem considera melhor do que o atual presidente do Bird, Paulo Wolfowitz. Para o ministro da Fazenda, a escolha do ex-representante de Comércio dos EUA não vai atrapalhar do banco com o Brasil. No primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Zoelick chegou a criticar o Brasil, que não quis se integrar à Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
No início da manhã, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, nomeou oficialmente Robert Zoellick, ex-vice-secretário de Estado americano, para a presidência do Banco Mundial (Bird). Se for confirmado pelo conselho do organismo, como é esperado, ele ocupará o lugar de Paul Wolfowitz.
Wolfowitz aceitou deixar o Bird em 30 de junho após vir à tona o caso de favorecimento de sua namorada, Shaha Riza. Um painel especial do Banco Mundial descobriu que ele violou as regras do organismo quando arranjou um pacote de compensações para Shaha em 2005.
Na avaliação de Bush, Zoellick está bem preparado para o posto no Bird, recordando a longa carreira diplomática dele. Internacionalmente, a reação à escolha do mandatário americano foi positiva. Tradicionalmente, os Estados Unidos nomeiam o presidente do Banco Mundial enquanto os europeus escolhem o dirigente do Fundo Monetário Internacional (FMI), atualmente ocupado pelo espanhol Rodrigo Rato.
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