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Para os empresários do setor, no entanto, o cenário ainda é promissor, e mesmo a provável dificuldade nos lançamentos pode ser interpretada como algo positivo. "O impacto no mercado imobiliário tem sempre um benefício para alguém. Moradia é uma necessidade básica. Se a pessoa não comprar, ela vai ter de alugar ou vai comprar um usado", comenta Menescal, que prevê o crescimento do mercado de imóveis usados e de aluguel. A opinião majoritária dos empresários é que o déficit habitacional do país, na casa de oito milhões de unidades no Brasil e 900 mil na Região Sul, ainda sustentará o crescimento do setor por um bom tempo. Nada deve mudar, também, no curto prazo, como explica o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Paraná (Ademi-PR), Hugo Peretti Neto. "Os atuais empreendimentos vão ter continuidade, porque as empresas estão bem capitalizadas. Talvez a margem de lucro delas diminua um pouco, porque os juros vão ser mais elevados, mas a demanda pelo mercado imobiliário segue crescendo."

Mesmo o investimento estrangeiro, ainda que se retraia nos próximos dois meses, deve voltar a atracar no país nos meses à frente. "O dinheiro, em geral, corre para onde consegue ter o maior retorno em taxas de juros e o menor risco. O Brasil conseguiu o grau de investimento neste ano e nossas taxas de juros continuam altíssimas. Independentemente do enxugamento de dinheiro no mundo, o Brasil continua sendo um país muito atrativo", comenta Menescal.

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