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Após se reunir nesta quinta-feira com o relator do Orçamento, deputado Carlito Merss (PT-SC), com o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que refez os cálculos da proposta de R$ 350 para o novo salário-mínimo e chegou à conclusão de que é difícil antecipar o novo valor de maio para março. Segundo o ministro, o novo mínimo vai causar um impacto de R$ 1,068 bilhão nas contas públicas a cada mês.

Marinho disse também que é improvável fechar com as centrais sindicais uma correção de 10% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

- Desse jeito que foi formalizado pelas centrais, não é possível devido a um impacto superior a R$ 2 bilhões (referindo-se à soma dos meses de março e abril). O resultado caminha para um acordo. Checamos e refizemos os cálculos e vimos que dá mais de R$ 2 bilhões. Isso dificulta muito, mas vamos levar a proposta para o presidente da República.

Marinho lembrou que já houve uma redução de R$ 360 para R$ 350 na proposta encaminhada pelas centrais e que um acordo poderia surgir agora em relação à data da da entrada em vigor do novo valor e a correção.

- Este é um orçamento bastante apertado. Na quinta-feira, o presidente Lula bate o martelo. Quem vai tomar a decisão é ele.

Em reunião na quarta-feira, o ministro do Trabalho e representantes de seis centrais sindicais não chegaram a um acordo e marcaram para a próxima quinta-feira, dia 19 de janeiro, uma nova rodada de negociações.

Inicialmente, as centrais queriam que o novo mínimo fosse de R$ 400, mas chegaram à reunião com a proposta de R$ 360 para abrir a negociação com o governo, que no Orçamento previa o aumento para R$ 321, mas informalmente já admitia um mínimo de R$ 340.

Como o governo não concordou em elevar o salário-mínimo dos R$ 300 atuais para R$ 360, os líderes sindicais apresentaram uma outra opção: que o mínimo ficasse em R$ 350, mas que o aumento fosse antecipado para o mês de março.

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