• Carregando...
 | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Quando a Barbie começar a falar, a Mattel espera que a boneca possa persuadir as crianças a comprá-la. Em novembro, a companhia planeja lançar a Hello Barbie, uma boneca interativa e conectada à rede Wi-Fi, que custará US$ 75. Esta é uma estratégia para lidar com a queda das vendas da boneca e de outros brinquedos, que levaram ao recuo de 33% dos lucros da Mattel no terceiro trimestre deste ano.

O declínio reflete os contínuos obstáculos para a gigante global de brinquedos, que luta para manter sua posição de destaque em um mundo cada vez mais digital. Em comunicado, o chefe executivo da Mattel, Christopher Sinclair, disse que os resultados estão amplamente alinhados com as expectativas da companhia.

Na era que antecedeu os iPads, os animais de estimação robóticos e as bonecas interativas, a Mattel era a grande líder da indústria de brinquedos. Mas, nos últimos anos, a companhia passou a enfrentar a competição dos novatos mais ágeis e modernos, que podem se adaptar mais rapidamente às novas tendências e à tecnologia em evolução.

A Barbie, que antes tinha seu lugar garantido nos quartos das meninas, agora enfrenta dificuldades para não perder sua relevância no mercado. As suas vendas caíram 16% em 2014, enquanto as vendas da companhia em geral tiveram queda de 6%. Já no terceiro trimestre de 2015, a retração chegou a 14%, enquanto o resultado líquido da empresa foi reduzido de US$331,8 milhões para US$223,8 milhões desde o mesmo período no ano passado.

A companhia está sob pressão para mostrar aos investidores que pode ser tão inovadora e ágil no mercado quanto seus concorrentes.

“Está claro que nós temos um trabalho bem definido pela frente”, disse Richard Dickson, um dos diretores criativos da Mattel, que ainda expressou otimismo com algumas das principais marcas da companhia, como a Mega Brands e a Hot Wheels, para superar o buraco que as princesas da Disney vão deixar na receita da empresa.

A Hello Barbie não é a primeira iniciativa de modernização dos produtos da companhia. Em fevereiro, a Mattel anunciou uma parceria com o Google para criar o View-Master, um adaptador de realidade virtual.

“Você não olha para estes produtos como a bala de prata capaz de salvar a empresa, mas sim como um exemplo do que será feito no futuro em termos de desenvolvimento de produtos”, explica Gerrick Johnson, analista da BMO Capital Markets.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]