São Paulo (Folhapress) Médicos e administradores estão no topo da lista de profissões mais bem pagas do país, de acordo com o estudo "O Retorno da Educação no Mercado de Trabalho", divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os médicos com mestrado ou doutorado estão no topo da lista de chance de ocupação, com 93% de probabilidade de estar empregado. Esta categoria tem uma remuneração salarial média de R$ 8.966, ou 1.524% superior a de quem nunca freqüentou a escola. Em compensação, os médicos também lideram a lista do número de horas trabalhadas por semana, com uma jornada média de 52,02 horas.
Já os médicos com graduação têm um salário médio de R$ 6.705 e uma probabilidade de ocupação de 90%. Mesmo com um salário maior, de R$ 8.012, e chance de ocupação também de 90%, os administradores com mestrado e doutorado aparecem em terceiro na lista devido aos critérios utilizados pela FGV, que também levam em consideração sexo, raça, idade e grau urbano dos profissionais.
No sentido oposto, os formados em Teologia estão na pior colocação e em terceiro lugar na jornada de trabalho, com 49,03 horas semanais.
Para a FGV, a pesquisa comprova a relação direta entre escolaridade e remuneração. "A hierarquia educacional se reflete na hierarquia dos resultados observados no mercado de trabalho, ou seja, aquele que estudou mais recebe salários mais altos e tem maiores chances de conseguir trabalho", afirmou o coordenador do estudo, o economista Marcelo Neri.
Ele destaca que a pesquisa pode ser instrumento tanto do desenho de políticas públicas como para auxiliar a escolha do cidadão na hora de prestar vestibular ou escolher um curso de pós-graduação de acordo com o retorno que cada profissão pode oferecer.
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