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Henrique Meirelles: inflação sob controle ajudou país a enfrentar a crise | Antonio Cruz/ABr
Henrique Meirelles: inflação sob controle ajudou país a enfrentar a crise| Foto: Antonio Cruz/ABr

Brasília - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, informou ontem que as perdas globais geradas pela crise financeira internacional são da ordem de US$ 4,1 trilhões. Desse total, segundo ele, US$ 2,7 trilhões foram perdas registradas no Estados Unidos; US$ 1,2 trilhão na Europa e US$ 0,1 trilhão no Japão. Com base nesses números, Meirelles disse que a crise atual é muito maior do que as anteriormente registradas na história recente e destacou que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial deve ter queda de 1,3% este ano, com o comércio mundial tendo um recuo de 11%, o que tende a gerar impacto nas exportações brasileiras.

O presidente do BC ressaltou ainda que os mercados têm mostrado recentemente uma percepção de que o pior da crise já passou. Ele disse esperar que isso se confirme, mas ressaltou que ainda é prematuro para se chegar a grandes conclusões, uma vez que a economia dos EUA aparentemente terá um processo lento de recuperação.

Em relação ao Brasil, Meirelles afirmou que o que diferencia o país nesta crise em relação às anteriores é que desta vez a economia estava com o consumo e os investimentos em alta no momento em que a crise eclodiu. Desta forma, a despeito do impacto da contração de crédito internacional no país, o Brasil se mostrou em melhores condições de enfrentar a crise.

Ele observou ainda que o crescimento dos investimentos permitiu que o país entrasse na crise com o parque industrial modernizado, pronto para crescer. Meirelles destacou também que outro diferencial positivo é que a inflação brasileira está sob controle, dando mais tranquilidade para atravessar esse momento.

Reservas

Meirelles disse ainda que as reservas internacionais do Brasil estão maiores do que no início da crise global. Em setembro do ano passado, segundo ele, as reservas eram de US$ 205,1 bilhões, e no último dia 1º eram de US$ 205,4 bilhões.

Meirelles afirmou também que, antes da crise, a dívida pública do Brasil correspondia a 40,5% do PIB, e hoje corresponde a 38%. Acrescentou que, no fim do ano que vem, esse porcentual cairá para 37,5%, conforme a previsão de analistas.

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