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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira que crescimento não é algo que pode ser definido com uma canetada.

- O momento é de crescimento... (mas) crescimento não é algo teórico, que se decida com a penada de uma caneta - afirmou Meirelles no encerramento de um evento em São Paulo.

Meirelles aproveitou para confirmar a permanência de Mário Mesquita no cargo de diretor de Política Econômica do BC, no lugar de Afonso Bevilaqua, que anunciou sua demissão nesta quinta-feira.

- Ele tem a mesma posição de todos os demais diretores do BC, isto é, ele está definitivo tal como todos os demais diretores - disse Meirelles.

O presidente do BC tentou ainda desfazer a impressão de que a saída de Bevilaqua possa significar a alteração da postura da instituição, já que ele era um dos maiores defensores de uma política conservadora na queda da taxa de juros.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia negado qualquer mudança no rumo da política monetária do BC .

Meirelles destacou ainda que o crescimento verificado no PIB brasileiro no último trimestre do ano passado indica um início de 2007 com atividade econômica bem mais forte do que em 2006.

Para o presidente do BC, o importante é perceber que o país vive um novo momento que permite a discussão e implementação de medidas que possam garantir um crescimento maior e sustentado.

- Nós entramos no ano de 2007 crescendo a taxas correntes de 4,5%, e indicadores preliminares antecedentes mostram que o crescimento no primeiro trimestre está ainda mais forte.

Brasil saiu da fase de ajuste econômico

Diante da crise dos mercados financeiros provocada pela bolsa de valores de Xangai, Meirelles afirmou que o Brasil está em uma posição confortável para enfrentar as turbulências.

Para ele, a condição atual da economia brasileira é fundamental para que o país não mais enfrente uma eventual crise despreparado.

De acordo com ele, o Brasil entrou numa nova fase, em que não está em ajuste econômico - entrando, saindo ou lidando com uma crise - ou situação muito vulnerável, mas sim numa etapa em que é preciso fomentar o crescimento.

- O Brasil hoje está em uma posição de mais força para enfrentar as oscilações nos mercados internacionais. Tem condições de olhar para isso com cuidado, mas não como um país vulnerável - disse o presidente da autoridade monetária.

Segundo ele, o ajuste nos mercados internacionais já era aguardado.

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