O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira que cortes de gastos são válidos para conter a inflação e que apesar da crise da Europa, que será monitorada com cautela, o Brasil segue registrando entrada de recursos.
Em entrevista à Reuters na véspera, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo está definindo um corte "razoável" nas despesas de custeio deste ano, a ser anunciada nos próximos dias, para garantir a meta fiscal.
"Acredito que é uma medida válida (cortar gastos)... qualquer ajuda é bem-vinda nesse processo (de contenção da inflação)... A cada reunião do Copom olhamos todos os fatores da economia para tomarmos decisões", disse Meirelles, durante evento no Rio de Janeiro.
Ele afirmou ainda que a autoridade monetária está acompanhando de perto os desenvolvimentos da crise europeia e seus efeitos.
"Como dissemos na ata, estaremos monitorando a crise na Europa com cuidado, estamos monitorando de perto os efeitos na Europa... É prematuro ainda avaliar. A Europa está no início do processo da crise e no início do processo de combate à crise."
"O Brasil está preparado para enfrentar uma crise de menor intensidade ou daquela magnitude (da crise de 2008)... O sistema brasileiro com câmbio flutuante e reservas elevadas permite serenidade no enfrentamento de crises, de aumento de aversão internacional ao risco."
Ele acrescentou que o fluxo de entrada de recursos no Brasil continua positivo, o que permite que o BC continue acumulando reservas. "Temos todos os instrumentos para manter o equilíbrio e a trajetória de crescimento sustentado da economia."
-
Piora do rombo e envelhecimento vão forçar nova reforma da Previdência; governo resiste
-
Deputada norte-americana defende que EUA retirem visto de Moraes; leia entrevista exclusiva
-
Alagamento do aeroporto de Porto Alegre deixa infraestrutura e operações aéreas à deriva no RS
-
Eduardo Leite alerta para enchentes acima dos níveis vistos até o momento
Aposentados de 65 anos ou mais têm isenção extra de IR, mas há “pegadinha” em 2024
Esquerda não gostou de “solução” para o rombo compartilhada por Haddad; o que diz o texto
A “polarização” no Copom e a decisão sobre a taxa de juros
Bolsonaro 5 x 4 Lula: BC se divide sobre juros e indica rumo após saída de Campos Neto
Deixe sua opinião