O presidente do Banco Central, Henrique Meireles, disse nesta quinta-feira que a próxima cúpula do G20 vai discutir questões relacionadas à crise mundial como regulação e que o papel do Brasil no grupo é distribuir a carga do ajuste pós-turbulência entre os países e garantir maior voz aos emergentes.
Segundo ele, na reunião de junho em Toronto, "o G20 vai apresentar um conjunto de sugestões para ações específicas, como redes de proteção financeira, para fortalecer a capacidade dos países de lidar com a volatilidade dos fluxos de capital".
O grupo também pretende avançar no campo regulatório, tornando-o mais seguro e transparente, revisar os limites e padrões da liquidez, fortalecer a supervisão dos fundos de hedge e dos derivativos de balcão e debater a questão da supervisão das instituições sistemicamente importantes, acrescentou ele.
"O Brasil tem, no G20, o objetivo de promover a cooperação internacional ... e garantir a distribuição do esforço de ajuste das economias", disse ele em evento em São Paulo.
Outro objetivo brasileiro é realinhar a representatividade dos organismos internacionais para que o Brasil e outros países emergentes participem deles de forma mais ativa, acrescentou o presidente.
Meirelles também reiterou que a crise de dívida na Europa é séria e "preocupa a todos", mas acrescentou que o Brasil já mostrou, durante o colapso mundial de 2008, que está muito melhor preparado para enfrentar turbulências.
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