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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que a recuperação da economia brasileira tem sido gradual, mas consistente. Para uma plateia de cerca de 150 pessoas na Universidade de Oxford, na Inglaterra, em evento do Global Economic Governance Program 2009-10. Ele avaliou que as medidas adotadas durante a crise para injetar liquidez nos mercados financeiros funcionaram e possibilitaram a retomada, com a criação de empregos e a recuperação das vendas de veículos, que devem ser recorde neste ano.

Conforme Meirelles, o desempenho brasileiro está trazendo de volta a teoria do descolamento, que havia sido demolida após o colapso do Lehman Brothers, em setembro do ano passado. Ele lembrou que alguns setores, como as vendas no varejo, não chegaram a ser afetados, pela sustentação fornecida pela demanda doméstica. "A crise foi muito menos severa no Brasil, durou três meses.

O presidente do BC explicou o processo de estabilização econômica em curso no Brasil desde 1999 e os sistemas de responsabilidade fiscal e metas de inflação, que permitiram a solidificação dos fundamentos e uma posição favorável em meio à crise internacional. "No passado, (a crise) teria sido um desastre", disse. Para Meirelles, a atual situação do Brasil torna algumas vantagens do País mais evidentes neste momento, como a democracia já estabelecida, as garantias para os investimentos privados, a estabilidade das regras e a liberdade de imprensa.

Ele avalia, no entanto, que há desafios importantes, como estimular a formalização dos negócios, melhorar as condições sociais, manter a responsabilidade fiscal e monetária e administrar o papel de exportador de commodities, especialmente com o desenvolvimento dos grandes campos de petróleo. Meirelles citou que as principais fontes de entrada de recursos no País hoje são os investimentos externos diretos e o mercado de ações.

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