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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira que não pode reduzir a taxa de juros sem olhar a realidade econômica do país.

- O BC tem de trabalhar dentro da realidade econômica do país, e o país como um todo tem de trabalhar visando à melhora nas condições econômicas - disse ele, em discurso durante almoço promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef).

Segundo Meirelles, as decisões do Copom têm se pautado por evitar a volta da inflação no futuro.

- A experiência mostra, não só no Brasil como em outros países, que o Banco Central que tenta baixar a taxa de juros mais do que as condições da economia permitem naquele momento faz com que os agentes econômicos passem a prever uma taxa de juros no futuro porque a inflação vai subir.

Meirelles disse ainda que, para atingir a meta de inflação, o BC tem "uma margem pequena" para calibrar sua política monetária.

- Se ficar de brincadeirinha, com mágicas para agradar a população, a inflação sobe de novo - ressaltou ele.

No início do seu discurso, o presidente do BC fez referência à última ata do Copom. Divulgada ontem, fala em "parcimônia" no ritmo de corte dos juros. Respondendo a críticas, Meirelles disse que a ata é auto-explicativa e que não é função do documento fornecer indicações precisas sobre as próximas decisões da política monetária.

- Se fosse este o caso, então deveríamos publicar uma tabela com um ano ou dois à frente - ironizou, para acrescentar: - cada ponto da ata é redigido e discutido de maneira ampla para que o documento seja auto-explicativo. Se o Banco Central afirma na ata que existe incertezasobre um assunto "x", é porque existe incerteza sobre o assunto "x".

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