Melitta aposta em produto regionalizado

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Investir na personalização do café conforme a região do país é uma das estratégias adotadas pela Melitta para aumentar a sua fatia no mercado brasileiro. Hoje, a empresa detém 8,6% do mercado nacional, atrás da marca Pilão. No Brasil, existem aproximadamente 2 mil marcas de café, das quais mais de 95% são de produtores regionais.

Em 2006, a empresa comprou a fábrica de café Bom Jesus, na cidade de mesmo nome, no Rio Grande do Sul, e passou a desenvolver cafés com características que atendem ao paladar do consumidor de cada localidade. No início do ano, a empresa lançou a versão do café Bom Jesus específica para o Paraná, um produto mais barato que os da linha Melitta – marca que é a segunda mais vendida no estado.

"Nós montamos um produto com sabor personalizado de acordo com a região, mas que segue o mesmo padrão e processo de todos os produtos da marca. No caso do Paraná, o Bom Jesus é um café de média acidez, médio ponto de torra e com bom aroma", destaca Jonatas Rocha, gerente de marketing da Melitta.

Outro lançamento recente e que também aposta na peculiaridade é a linha Regiões Brasileiras. As três versões do produto – Mogiano, Cerrado e Sul de Minas – têm aroma e sabor de acordo com as características do grão de cada região produtora, já que o solo, microclima e altitude são diferentes. A empresa estuda a possibilidade de expandir a linha.

Mercado local

O Paraná é um mercado bastante significativo para os planos de crescimento da marca, segundo Bernardo Wolfson, presidente da Melitta do Brasil. O estado é o local onde a empresa mais cresceu nos últimos três anos. Hoje, a Melitta tem 12,7% do mercado paranaense de café e 58% de participação nas vendas de filtros.

"As inovações ajudaram muito no crescimento da marca no Paraná. Todos os produtos que nós lançamos no estado têm ótima aceitação das pessoas. Os três estados do Sul concentram o maior volume de faturamento da empresa", afirma.

Em 2009, o faturamento da Melitta foi R$ 665 milhões, um crescimento de 11% em relação ao ano anterior. A expectativa é ultrapassar a casa do R$ 1 bilhão em faturamento até 2017.

Líder no consumo

O presidente da Melitta do Brasil acredita que o país deve se tornar o primeiro mercado consumidor mundial em breve. Desde que ultrapassou a França, em 2007, o Brasil ocupa a segunda posição, atrás dos Estados Unidos. O país é o maior produtor e exportador mundial de café.