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Mercadante disse que áreas sociais, como educação, devem ser poupadas do corte nos gastos | Marcelo Camargo/ABr.
Mercadante disse que áreas sociais, como educação, devem ser poupadas do corte nos gastos| Foto: Marcelo Camargo/ABr.

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira (5) que o governo deve cortar gastos, e não elevar impostos, no esforço de ajuste das contas públicas, que apresentou o maior rombo da história do Plano Real em setembro.

"Corte dá pra cortar sempre. Corte em gasto público é que nem cortar cabelo -tem que ir, tem que sentar no barbeiro e cortar. Sempre tem o que cortar. O que não dá pra fazer é um corte drástico que imponha uma trajetória recessiva. Temos que manter renda e emprego", afirmou.

Mercadante disse também que áreas sociais, como educação, devem ser poupadas do corte.

Ele fez um apelo à oposição no Congresso para que aprove as alterações da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), com nova meta para o resultado fiscal, que o governo deve enviar nos próximos dias.

"Temos que reduzir superavit primário e fazer política anticíclica, fizemos uma escolha. Espero que o Congresso entenda essa escolha", disse. "Não vamos fazer alta de impostos para ajuste", concluiu.

"O nosso Congresso, acho que tem maturidade e sabe que nós precisamos ter política fiscal, precisamos continuar a ter rigor fiscal, isso ajuda a aliviar a política monetária. Para enfrentar esse cenário [de crise], tivemos que manter gastos sociais e desonerar a economia, e receita caiu", reforçou.

Mercadante participou da abertura do Enai 2014 (Encontro Nacional da Indústria), organizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) para discutir questões ligadas à produtividade na indústria.

Reforma tributária

O ministro afirmou que o projeto de mudanças do PIS e da Cofins está pronto para ser votado no Congresso.

No caso de mudanças na cobrança do ICMS, é preciso "sentar com governadores e resolver de vez" essa questão. Recebeu palmas da plateia, formada por 1.800 empresários.

Ele fez uma defesa contundente da política econômica do governo Dilma. Reforçou, por exemplo, que os incentivos dados pelo governo que pesaram nas contas públicas, como desonerações, foi fundamental para manter a resistência à crise e o nível de emprego.

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