A decisão de participar do leilão emergencial de energia no mês passado vai comprometer as já combalidas finanças da Eletrobras. Depois de melhorar o balanço do primeiro trimestre vendendo eletricidade no mercado à vista (spot) por R$ 822 o megawatt/hora, a empresa se comprometeu a fornecer energia a R$ 270 no chamado leilão A-0, com entrega imediata, no mês passado.
A atuação no mercado à vista rendeu R$ 1,7 bilhão à estatal nos três primeiros meses do ano, elevando o lucro do trimestre para R$ 986 milhões. Mas, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, essa lucratividade deve ser revertida até dezembro.
As receitas da Eletrobras com a venda no mercado à vista entre janeiro e março representaram nada menos que um quarto da receita operacional líquida total de R$ 7 bilhões da companhia no período. O valor apurado pela estatal nessa ponta do comércio energético superou em 133% o seu faturamento de R$ 816 milhões no balanço dos três primeiros meses de 2013. O aumento ocorreu porque a eletricidade no curto prazo estava no seu preço-teto de R$ 822 por megawatt/hora (MW/h) e era indispensável para as distribuidoras de luz honrarem seus contratos no começo deste ano.
Com o leilão emergencial realizado no fim de abril, no entanto, todo o volume de energia vendido pela Eletrobrás no mercado de curto prazo a R$ 822 por MW/h baixou de preço para R$ 270 por MW/h. Com isso, as receitas da empresa de maio a dezembro deste ano sofrerão uma queda expressiva, embora o novo preço vá ser praticado em contratos longos de fornecimento, de até cinco anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
-
BC vai pisar no freio? Cresce aposta por corte menor nos juros, para a ira do governo
-
Um corrupto na presidência e um totalitário no STF? O Congresso dos EUA estuda o Brasil
-
Janja viaja ao RS com Tebet e ministros para apurar estragos das enchentes e levar donativos
-
Haddad quer que governo trate dívida do RS com prioridade, mas negocie com outros estados
BC vai pisar no freio? Cresce aposta por corte menor nos juros, para a ira do governo
Políticos no comando de estatais: STF decide destino da lei que combateu aparelhamento
Tebet defende acabar com aumento real de aposentadoria e outros benefícios; Gleisi rebate
O que é “pecado”? Cesta sem carne? Cerveja ou destilado? As polêmicas da reforma tributária
Deixe sua opinião