Brasília As projeções do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiram de 3,92% para 3,99% na pesquisa Focus divulgada ontem pelo Banco Central (BC). Com a quarta elevação consecutiva, as estimativas feitas por um grupo de 100 analistas de mercado atingiram seu nível mais alto desde o início de fevereiro deste ano, quando estavam em 4,04%. Apesar da alta, a inflação projetada para o ano continua abaixo do centro da meta, que é de 4,5%.
A pesquisa também mostra que o mercado espera um corte de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros básica, a Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para outubro. A Selic está hoje em 11,25% ao ano.
O economista da LCA Consultores, Rafael Castro, acredita que as expectativas para o IPCA deste ano só começarão a se estabilizar a partir de meados deste mês. A principal razão para o aumento do pessimismo em relação ao comportamento da inflação neste ano, de acordo com Castro, é a alta inesperada dos preços dos alimentos. "Estamos trabalhando com uma previsão de que os alimentos terão neste ano um aumento de preços de 10%", disse.
A mudança de cenário, segundo o economista da LCA Consultores, veio no rastro do aumento do uso do etanol como combustível. "O que estamos vendo é um fenômeno global. Em todos os países, tem havido uma alta dos preços de alimentos. Não é algo que esteja ocorrendo apenas no Brasil", comentou.
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