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Analistas de mercado fizeram um leve ajuste na projeção para a inflação neste ano e agora esperam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) encerre 2013 em 5,68%.

A previsão consta do boletim Focus, divulgado pelo Banco Central semanalmente. Na edição anterior do relatório, a previsão para o índice de preços usados como referência para as metas de inflação estava em 5,67%.

A elevação desta semana já é a quinta seguida feita pelos analistas. A meta oficial de inflação do governo é de 4,5%, com margem de dois pontos para cima ou para baixo.

A prévia do índice de janeiro, o IPCA-15 (0,88%), ficou acima dos níveis registrados em dezembro e janeiro do ano passado, puxado principalmente por alimentos e bebidas, além de despesas pessoais. O índice fechado do mês será divulgado nesta semana.

As preocupações com os preços neste ano recaem sobretudo sobre os preços administrados, como a tarifa de ônibus, e o reajuste da gasolina. O governo autorizou na última semana um reajuste de 6,6% no preço do combustível nas refinarias.

A estimativa dos analistas é que o preço final ao consumidor suba perto de 4% e 5%. Segundo cálculos da consultoria LCA, o reajuste deve ter um impacto de 0,19 ponto percentual na inflação.

A expectativa, contudo, é que a elevação seja compensada pela queda de 18% na conta de luz anunciada pelo governo. A consultoria calcula que a medida provoque um alívio de 0,65 pontos percentuais na inflação.

Crescimento

Pela primeira vez em cinco semanas, a projeção para o PIB permaneceu estável em relação ao relatório anterior, em 3,10%.A perspectiva de crescimento, que há pouco mais de um mês estava em 3,3%, vinha sendo revisada seguidas vezes em meio à desconfiança dos investidores sobre o potencial de recuperação da atividade econômica neste ano.

Os analistas esperam numa retomada da indústria neste ano, mas a recuperação do nível de investimento, essencial para garantir um PIB mais forte, ainda é incerta.

A produção de bens industriais recuou 2,7%, no pior resultado desde a crise mundial de 2008. O segmento de máquinas e equipamentos, que servem de termômetro para o investimento, tiveram a pior retração dentro da indústria, com queda de 11,8%.

Os analistas revisaram para a cima a previsão para o desempenho da indústria neste ano e esperam agora um avanço de 3,17%, ante os 3,1% da última semana.

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