O mercado financeiro brasileiro encontra-se, nesta quarta-feira, altamente volátil por conta da divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e do cenário externo.
Às 13h51min, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inverteu a forte tendência de alta observada logo após a abertura e caía 0,82%, com 40.078 pontos. A máxima anterior, de 40.209 pontos, havia sido atingida pela manhã. Analistas comentam que a bolsa acusou o impacto causado pela ata do Copom.
O dólar comercial, que começou a jornada em alta, apresentava no mesmo horário, queda de 0,61%, negociado a R$ 2,104 para compra e R$ 2,106 para venda. O risco-país, que mede o grau de confiança do investidor brasileiro em relação à economia brasileira, apresentava queda de 1,34%, com 221 pontos.
Pela manhã, os investidores foram surpreendidos pela decisão da China de aumentar os juros de 5,58% para 5,85% após o fechamento dos mercados asiáticos, gerando um impacto negativo nas commodities e em empresas exportadoras.
Além disso, houve o testemunho do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, no Congresso, que adotou um tom mais otimista que o esperado.
Às 8h30min, foi a vez de o Banco Central brasileiro surpreender, com uma ata considerada excessivamente conservadora pelo mercado, sinalizando que o ritmo das quedas de juros pode ser reduzido.
- Não me lembro de, num só dia, três fatores tão importantes terem saído exatamento ao contrário do que o mercado esperava. Foi uma surpresa - disse o economista-chefe da Corretora Liquidez, Marcelo Voss.
Com isso, os títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos subiram 5,14% para cair até 5,07% após o testemunho de Bernanke, e agora estão estáveis. Nos juros domésticos, houve forte correção da projeção do DI para janeiro de 2008 que saiu de 14,62% ao ano para 14,74%.
Nos Estados Unidos, a tendência é de alta, após o discurso de Ben Bernanke. O Dow Jones opera em alta de 0,43%, o eletrônico Nasdaq sobe 1,08% e o seletivo S%P 500 avança 0,65%.
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