• Carregando...
Diminuição da demanda pode provocar desaceleração no preço dos imóveis, que vinham subindo com força. | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Diminuição da demanda pode provocar desaceleração no preço dos imóveis, que vinham subindo com força.| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

O mercado imobiliário brasileiro é um dos primeiros a sentir os efeitos da crise financeira que abate o mundo há duas semanas. A redução dos recursos para financiamento e a propensão dos consumidores a adiar decisões de compra em razão da instabilidade está fazendo com que companhias líderes no setor de incorporação alterem seu cronograma de lançamentos.

Algumas das empresas de capital aberto que atuam no setor divulgaram nos últimos dias notícias que demonstram essa situação. Ontem, a Rossi Residencial – empresa paulista de capital aberto, que no Paraná atua em parceria com a incorporadora Thá – anunciou que deverá reduzir seus lançamentos em 14% este ano e em 25% em 2009. Thá e Rossi têm dois lançamentos previstos para este segundo semestre em Curitiba, os empreendimentos Universe Life Square (no Centro) e o Vida Bella Praças Residenciais (no bairro Atuba). Segundo as duas empresas, ambos os lançamentos devem ser mantidos.

Na quarta-feira, a também paulista Agra Incorporadora revisou sua previsão de lançamentos, que somariam R$ 2,1 bilhões, para R$ 1,4 bilhão, valor equivalente ao do ano passado. Dois dias antes, a Cyrela havia anunciado que as negociações para compra da Agra estavam desfeitas. Tanto Agra quanto a Abyara (esta última que tem dois empreendimentos em Curitiba que ainda não estão em fase de construção e deve lançar outros dois até o fim do ano) anunciaram que reduziram seu estoque de terrenos – ou seja, se desfizeram de áreas que haviam comprado para construir condomínios.

Executivos paranaenses com experiência na área estão otimistas com a retomada, embora admitam que o momento seja delicado. Se os problemas no setor levarem a atrasos na entrega ou – num caso extremo – ao cancelamento de empreendimentos já lançados, a credibilidade de todas as empresas pode ser afetada. "Se isso ocorrer, podemos ter uma crise tão dura quanto a da Encol", diz uma executiva do segmento imobiliário.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]