Setores
Poder de compra garante desempenho dos serviços
Rio de Janeiro - A manutenção do poder de compra dos trabalhadores tem garantido um feito inédito para o setor de serviços no país, que registrou um desempenho positivamente diferenciado dos outros setores desde o início dos efeitos da crise internacional na economia.
Crédito voltou ao nível pré-crise, diz Meirelles
São Paulo - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem não haver motivo para não acreditar que "o Brasil crescerá de forma sustentada". Ele afirmou que a massa salarial deve crescer mais de 4,5% este ano, o desemprego atingiu o menor nível da série histórica em julho e o crédito está chegando próximo ao nível pré-crise.
O PIB voltou a subir? Seu investimento acompanha
O Brasil está comemorando: saímos da recessão. Os dados numéricos estão aí desde o dia 11, quando o IBGE divulgou um crescimento de 1,9% no Produto Interno Bruto do país no segundo trimestre deste ano.
Brasília e São Paulo - Os bons resultados da economia levaram o mercado a concordar com o governo e prever que 2009 não terá recessão. Segundo a pesquisa semanal Focus do Banco Central (BC), que ouve cerca de 80 instituições financeiras, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) deste ano deve fechar no zero a zero. Na semana anterior, a projeção era de uma diminuição de 0,15%, sendo que, desde março, o levantamento mostrava que os especialistas apostavam em um desempenho negativo.
Para o governo, o PIB deve crescer 1% no período. O otimismo também foi refletido nas contas de 2010, que passaram de 4% para 4,2% de crescimento, ainda segundo o Focus.
A melhora das perspectivas veio com a divulgação do resultado do segundo trimestre do ano, com crescimento de 1,9% e melhor do que o esperado. Mas também foi impulsionada pela divulgação de outros importantes indicadores, como emprego e indústria, que estão mostrando recuperação importante.
"O Brasil está se consolidando como polo de atração de investimentos, como uma economia com bom potencial de crescimento", afirmou o economista-chefe do West LB, Roberto Padovani.
Pelo lado da oferta, acrescentou ele, a indústria será o motor dessa retomada, já que os estoques e o crédito estão se normalizando dentro da atividade. Pelo Focus, as projeções são de que o setor vai encolher 7,25% neste ano e crescer 6% em 2010. Vai ajudar ainda a demanda, sobretudo o consumo interno, alimentado pela volta do crédito privado que até recentemente estava retraído.
Inflação
O Focus mostrou que as projeções de inflação continuam abaixo do centro da meta do governo, de 4,5% pelo IPCA, em 2009 e 2010: 4,31% e 4,30%, respectivamente. O mercado também não mudou suas estimativas sobre a Selic (taxa básica de juro), de manutenção dos atuais 8,75% até o fim deste ano. Para 2010, espera-se que a taxa suba para 9,25%.
Os indicadores internacionais também não tiveram mudança nesta pesquisa. O dólar, na visão do mercado, deve fechar 2009 e 2010 a R$ 1,80, enquanto os investimentos estrangeiros diretos fecharão em US$ 25 bilhões e US$ 30 bilhões, respectivamente.
O mercado piorou suas contas sobre a relação dívida/PIB do país, um dos principais indicadores de solvência, mas ainda sem refletir a decisão do governo de reduzir a meta de superávit primário de 2,5% para 1,56% do PIB, anunciada na última sexta-feira. Até a semana passada, a projeção era de que essa relação fecharia o ano a 43,10%, mas alguns especialistas já acreditam que ela deve ficar em 44%. O mercado financeiro também manteve as previsões para o déficit nas contas externas: US$ 15 bilhões em 2009 e US$ 22,8 bilhões em 2010.
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