• Carregando...

Emplacamentos

Abril registrou recuo de 5,54% em relação a março

Os emplacamentos de veículos novos no mercado brasileiro somaram 289.213 unidades em abril, alta de 4,10% ante igual intervalo de 2010, segundo informou ontem a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em relação a março deste ano, houve um decréscimo de 5,54%. Os dados incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Nos quatro primeiros meses de 2011, foram vendidas 1.114.413 unidades, alta de 4,56% ante o mesmo período do ano passado.

Considerando o desempenho de todos os segmentos analisados pela Fenabrave, que inclui motos e implementos rodoviários, o setor automotivo vendeu 446.666 unidades em abril, um decréscimo de 6,66% ante março e um crescimento de 3,81% ante o mesmo intervalo de 2010. Entre janeiro e abril deste ano, as vendas cresceram 5,64% ante igual período do ano passado.

A Federação Nacional da Dis­tribuição de Veículos Auto­mo­tores (Fenabrave) deve rever em junho a projeção de vendas de veículos para 2011, projetando um número menor que o atual. Atualmente, a expectativa prevê um crescimento de 5,20% nas vendas de automóveis comerciais leves, caminhões, ônibus e motos no mercado interno neste ano em relação ao ano passado, totalizando 5.595.722 unidades. Consi­derando-se apenas automóveis e comerciais leves, a Fenabrave espera um aumento de 4,20% nas vendas de 2011, para 3 468.995 unidades.De acordo com o presidente da Fenabrave, Sergio Reze, as vendas do mês de abril já indicam uma tendência de queda em todos os segmentos, inclusive de caminhões, cujo mercado estava mais aquecido, e motos, que vinha registrando uma retomada. "As vendas tendem a se estabilizar nos próximos meses e devemos registrar neste ano um crescimento bem moderado. Não se assustem se o crescimento for menor do que aquele que projetamos agora, porque ainda assim será um crescimento", disse Reze.

Reze explicou que as medidas macroprudenciais adotadas pelo governo para reduzir a demanda têm tido impacto nas vendas do setor. Segundo ele, não foi o consumidor que esgotou sua capacidade de crédito, mas sim o governo que reduziu prazos de financiamento, aumentou o valor de entrada da compra e aumentou a alíquota de IOF sobre os financiamentos de 1,5% para 3,0% ao ano. "O governo conseguiu alcançar dois objetivos: reduzir o ímpeto de crescimento do setor e reforçar o caixa. Com o aumento do IOF, o governo criou uma nova CPMF sem nem precisar de uma lei para isso", afirmou, referindo-se à antiga contribuição que incidia sobre as operações financeiras.

No mês de abril, as vendas de automóveis de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus sofreram uma redução de 5,54% em comparação com março e totalizaram 289.213 unidades. De acordo com Reze, essa queda está relacionada ao menor número de dias úteis em abril na comparação com março. Não fosse essa diferença de dois dias, segundo ele, a expectativa é de que as vendas teriam aumentando cerca de 3%.

Etanol

Reze afirmou ainda que o aumento dos preços do álcool combustível é uma consequência da omissão do governo e da ganância da indústria sucroalcooleira. De acordo com ele, a alta no preço do álcool tem sido uma fonte de inflação sobre a qual o governo deveria atuar. "O projeto do álcool foi criado em 1979 e, desde então, o governo nunca criou uma regra que evite os solavancos (de preço) que os consumidores enfrentam até hoje", criticou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]