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"Nós estamos assistindo às medidas americanas no setor automotivo bem de perto. Nós não queremos que os EUA adotem medidas que sejam um problema para nós", disse Merkel durante coletiva de imprensa | Nikola Solic / Reuters
"Nós estamos assistindo às medidas americanas no setor automotivo bem de perto. Nós não queremos que os EUA adotem medidas que sejam um problema para nós", disse Merkel durante coletiva de imprensa| Foto: Nikola Solic / Reuters

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta terça-feira (18) que está acompanhando as ações dos Estados Unidos para apoiar a cambaleante indústria automotiva dos EUA, e pediu uma frente unida de países da União Européia para ajudar as próprias montadoras a sobreviverem em meio à forte desaceleração das vendas da indústria.

Merkel, ao responder às questões durante uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, na cidade italiana de Trieste, disse: "Nós estamos assistindo às medidas americanas no setor automotivo bem de perto. Nós não queremos que os EUA adotem medidas que sejam um problema para nós".

Merkel respondia a uma pergunta sobre se havia uma política comum da Alemanha e da Itália para enfrentar a desaceleração da indústria automotiva.

Berlusconi disse que no encontro de cúpula entre os governos italiano e alemão nesta terça-feira, uma possível ajuda à indústria dos dois países não foi discutida.

Ao responder a uma pergunta sobre se o governo italiano ajudará o setor automotivo da Itália, Berlusconi disse que não acredita ser apropriado tomar medidas "nessa direção".

As ações da maior fabricante de automóveis da Itália, a Fiat SpA, tiveram queda após os comentários na Bolsa de Milão. O papel da Fiat fechou em queda de 0,28%, cotado a € 5,27 na tarde desta terça. Além da marca de mesmo nome, a Fiat controla as fábricas e marcas da Alfa Romeo e da Lancia.

"Nós vamos observar como o mercado reage", disse Berlusconi. "No momento, medidas nessa direção não estão previstas". Berlusconi, no entanto, não descartou uma futura ajuda às montadoras italianas. A Fiat, maior grupo automotivo do país, já anunciou uma redução na produção na Europa, por causa da retração nas vendas.

Já Merkel pediu uma frente unida entre governos dos países da União Européia para ajudar as fabricantes locais de automóveis. Ela disse que o Banco Europeu de Investimentos (EIB, na sigla em inglês) amadurece a idéia de dar crédito aos fabricantes de automóveis.

A Comissão Européia e o EIB trabalham em um pacote de ajuda financeira às montadoras, que em contrapartida terão que desenvolver carros menos poluidores. A informação partiu de um porta-voz do EIB nesta semana.

"Nós precisamos de menos burocracia e mais eficiência", disse Merkel, ao se Refir aos fundos da União Européia.

"O dinheiro está lá disponível, mas não há sempre oportunidade de gastá-lo por causa da burocracia", disse.

Expansão do G-20

Os dois líderes também discutiram a futura presidência da Itália do G-8, o grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia. Berlusconi disse que deseja expandir o G-8 e incluir países como China, Índia, Brasil, México e África do Sul no grupo, em um primeiro momento, e quando for apropriado, todos os integrantes do G-20, numa segunda etapa. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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