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Grupo faz abordagem na BR-116, em Quatro Barras. Movimento manda grevistas ficarem em casa | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Grupo faz abordagem na BR-116, em Quatro Barras. Movimento manda grevistas ficarem em casa| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Os caminhoneiros que entraram em greve ontem ainda são minoria, mas têm força para provocar ameaça de desabastecimento de produtos perecíveis. Houve 18 pontos de concentração no Paraná e aproximadamente 50 em todo o país, segundo o Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC). Dos 120 mil profissionais do estado, perto de 10% estão participando da paralisação, em casa ou na estrada, mostram os dados do setor.

"Dois dias de greve dos caminhoneiros são suficientes para gerar desabastecimento", disse o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Setcepar), Gilberto Cantu. O problema será inevitável "se a greve se arrastar e o pessoal fechar estradas." Ontem houve barreiras temporárias e lentidão.

Como a paralisação ocorre em uma semana de alto fluxo, vai comprometer um terço da renda de julho de muitas empresas, afirma Damerson Zanette, coordenador da Câmara Setorial de Transportes da Associação Comercial de São José dos Pinhais (Aciap-SJP). Avaliações mais precisas dependem da confirmação da continuidade da greve.

No primeiro dia de greve, houve pontos de concentração de caminhoneiros em pelo menos dez estados (PR, SC, RS, SP, MT, MG, ES, SE TO e BA), conforme o MBUC. O presidente da organização, Nélio Botelho, comanda a greve pela internet e disse que a manifestação vai continuar.

A greve cobra a revogação das mudanças da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no sistema de cobrança do frete, que teriam reduzido a renda dos caminhoneiros em 30% e favorecido as grandes transportadoras. Além disso, reprovam a regulamentação da profissão, alegando que 11 horas de descanso diário são impraticáveis por não haver pontos de parada seguros nas estradas.

Uma das principais barreiras montadas ontem no país foi no km 67 da BR-116, em Quatro Barras, na região de Curitiba. Houve fila de 100 caminhões até as 11h30 e lentidão no tráfego de veículos comuns.

Em Ponta Grossa, 50% dos 15 mil caminhoneiros pararam, conforme o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac), Neori "Trigrão" Leobet. A Rodonorte, administradora das rodovias que cortam a região, informou que o movimento de caminhões caiu 28%, limitando-se a 20 mil.

Foram registradas outras concentrações nos Campos Gerais (Reserva), Centro (Guarapuava), Sudoeste (Coronel Vivida, Realeza, Francisco Beltrão, Itapejara, Marmeleiro, Pranchita, Pato Branco, Barracão), Oeste (Cascavel, Goioerê) e Centro-Oeste (Campo Mourão, Goioerê) do estado.

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