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Metalúrgicos querem o leão longe da PRL- Milhares de metalúrgicos pararam na manhã ontem a Via Anchieta, que liga São Paulo à Baixada Santista, para protestar contra a incidência de Imposto de Renda na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) paga anualmente aos trabalhadores. Após a manifestação, líderes do grupo viajaram a Brasília para reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Desde o fim de 2011 o governo prometia estudar o impacto da medida e fazer uma proposta aos trabalhadores. Hoje o alvo será a Avenida Paulista, onde haverá protestos de trabalhadores das 43 agências bancárias localizadas na via pelo mesmo motivo. Atualmente, apenas quem recebe PRL inferior a R$ 1.566,62 está isento de pagar Imposto de Renda sobre este valor. Os sindicatos propõem isenção para quem ganha até R$ 8 mil | Danilo Verpa/Folhapress
Metalúrgicos querem o leão longe da PRL- Milhares de metalúrgicos pararam na manhã ontem a Via Anchieta, que liga São Paulo à Baixada Santista, para protestar contra a incidência de Imposto de Renda na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) paga anualmente aos trabalhadores. Após a manifestação, líderes do grupo viajaram a Brasília para reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Desde o fim de 2011 o governo prometia estudar o impacto da medida e fazer uma proposta aos trabalhadores. Hoje o alvo será a Avenida Paulista, onde haverá protestos de trabalhadores das 43 agências bancárias localizadas na via pelo mesmo motivo. Atualmente, apenas quem recebe PRL inferior a R$ 1.566,62 está isento de pagar Imposto de Renda sobre este valor. Os sindicatos propõem isenção para quem ganha até R$ 8 mil| Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Metalúrgicos das montadoras Volvo, de Curitiba, e Volkswagen, de São José dos Pinhais, vão buscar neste ano reajustes mais altos e uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mais elevada que a conquistada no ano passado. Das montadoras de veículos de Curitiba e região, apenas a Renault/Nissan já tem definidos o porcentual de aumento e o valor da PLR referentes a 2012 e também a 2013 – o acordo da companhia firmado em 2011 é válido até o ano que vem.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), a intenção é conquistar um reajuste real (acima da inflação) de 3% na Volkswagen e na Volvo – no ano passado, ambas concederam aumento real de 2,5% a seus funcionários. A previsão do sindicato é de que as negociações comecem em abril na Volvo e em maio na Volks.

No caso da fabricante de automóveis, o valor da primeira parcela da PLR de 2012 foi definido ainda no ano passado: será de R$ 6.136, o equivalente a 52% da PLR total referente a 2011. A questão agora é definir o valor da segunda parcela. O SMC vai brigar por um valor que aproxime a PLR total – soma da primeira e da segunda parcelas – de R$ 15 mil. "Vamos buscar um maior equilíbrio dos salários do Paraná em relação às plantas da Volkswagen no ABC, em São Paulo", afirma o presidente do SMC, Sérgio Butka.

Na Volvo, os metalúrgicos querem elevar o valor da PLR para R$ 18 mil – no ano passado a empresa pagou R$ 15 mil, bem acima dos valores pagos por Volkswagen (R$ 11,8 mil) e Renault (R$ 12 mil). Depois de firmar um dos maiores acordos salariais em 2011, a Renault/Nissan só vai voltar a mesa de negociações em 2014.

Faturamento recorde

De acordo com o SMC, o faturamento recorde das empresas no ano passado justifica a busca por melhores salários. Com 17,1% de participação no mercado nacional, a Volvo registrou 153% de aumento nos lucros em relação a 2010, contabilizando lucro mundial de R$ 4,9 bilhões, diz o sindicato.

Embora tenha produzido menos veículos em 2011, a Volks fechou o ano com recordes de produtividade e lucro de R$ 37,1 bilhões, mais que o dobro do registrado em 2010, segundo o SMC. A Renault, por sua vez, vendeu 21,2% mais – bem acima do mercado nacional, que cresceu só 2,9%. "As empresas precisam entender que mão de obra qualificada e produtividade recorde tem um preço. Ainda assim, continuamos desvalorizados em relação à média salarial nacional", diz Butka.

Com base nos acordos fechados com as montadoras no ano passado, o Dieese calcula que somente em PLR e abonos os 10 mil funcionários das três montadoras receberão R$ 485,2 milhões até 2013.

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