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Metalúrgicos das montadoras Renault, Volkswagen/Audi e Volvo, em Curitiba e região metropolitana, decidiram estender até segunda-feira a greve iniciada esta semana – que tinha previsão inicial de apenas 2 horas. Ontem eles rejeitaram, pela terceira vez, proposta de reajuste salarial feita pelo Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea), entidade que representa as empresas. A greve começou na quarta-feira na Volks e na Renault, e um dia depois na Volvo.

Agora, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) pretende levar a sério a decisão de não negociar mais com o Sinfavea, e dialogar com cada empresa em particular. Segundo a assessoria de imprensa do sindicato, a última proposta do Sinfavea foi feita às 21 horas de quinta-feira, por telefone, e propunha 4,19% de elevação salarial (já embutidos os 2,85% de inflação desde o ano passado) mais R$ 400 de vale-mercado, além de 0,78% de aumento em março do ano que vem.

De acordo com o vice-presidente do SMC, Nelson Silva de Souza, os trabalhadores da Renault e Volvo aceitariam a proposta desde que o vale-mercado fosse trocado por um abono de R$ 500, em dinheiro, e os dias de greve não fossem descontados da folha de pagamento. Já na Volks, segundo Souza, a reivindicação é a mesma, mas com abono de R$ 700, também em dinheiro. "Esta proposta é parecida com o que a GM ofereceu em São José dos Campos", afirma o vice-presidente, em relação ao acordo que a General Motors fez com seus metalúrgicos esta semana, após um mês de negociação. Foram 5,47% de elevação salarial mais R$ 700,00 de abono, a serem pagos no início de outubro. Já os metalúrgicos de Caxias do Sul (RS) conquistaram elevação salarial de 5,7%.

"Estamos no limite. A nossa reivindicação inicial era de 5% de aumento real e já cogitamos 3%. É o mínimo que vamos conversar", afirma Nelson de Souza. Já a proposta inicial das montadoras era de 1,3% de aumento real e abono de R$ 150. Os sindicalistas ficarão em vigília nas portas das fábricas este fim de semana. Na segunda-feira, às 6 horas, haverá novas assembléias com os trabalhadores de cada montadora.

Segundo o SMC, a VW/Audi já deixou de produzir, nos três dias de greve, cerca de 2,4 mil carros dos modelos Fox, Golf e Audi A3. Já na Renault foram cerca de mil veículos Clio, Scenic, Megane, Master e Frontier, além de 2,4 mil motores. A Volvo, que ficou dois dias parada, não produziu cerca de 15 ônibus e 60 caminhões.

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