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Em greve desde quarta-feira da semana passada, mais de 8 mil funcionários de três montadoras de Curitiba e região metropolitana podem voltar hoje ao trabalho. Metalúrgicos da Volkswagen/Audi e da Renault/Nissan, ambas de São José dos Pinhais, fazem assembléia às 6 horas, antes do início do primeiro turno de produção. Os operários da Volvo, da Cidade Industrial de Curitiba, reúnem-se por volta de 7h30. A tendência é que a categoria aceite a proposta apresentada ontem à tarde pelo Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea), que representa as três empresas.

A nova proposta – a quinta desde o início da campanha salarial, em meados de agosto – prevê aumento de 4,19% a partir deste mês, de 0,78% em janeiro de 2007 e mais um abono de R$ 700, a ser pago em 2 de outubro. A oferta anterior, rejeitada na sexta-feira, era de reajuste imediato de 4,19%, mais 0,78% a partir de março de 2007 e vale-mercado de R$ 400. A data-base é 1.º de setembro.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Nelson Silva de Souza, a nova proposta se enquadra na reivindicação mínima dos trabalhadores, referendada em assembléias na manhã de ontem, que é de reajuste de 5% (já incluído o repasse da inflação) e abono de R$ 700. A reivindicação inicial dos metalúrgicos era de 2,85% de reposição mais aumento real de 5%. As montadoras, por sua vez, iniciaram as negociações com aumento real de 1,3%. Por duas vezes, o SMC ameaçou romper o diálogo com o Sinfavea, mas deve fechará acordo com o sindicato patronal pelo terceiro ano consecutivo. Os metalúrgicos concordaram em repor os dias não trabalhados.

Na Volkswagen/Audi, que emprega 3,6 mil pessoas, e na Renault/Nissan (3,1 mil funcionários), a paralisação completou ontem quatro dias. A greve dos 1,9 mil trabalhadores da Volvo – que não registrava paralisações desde 2001 – chegou ao terceiro dia. Pelos cálculos do SMC, a Volks deixou de produzir 3,2 mil veículos. Na Renault, a perda de produção foi de 3,2 mil motores e 1,5 mil carros. Já a Volvo deixou de fabricar 24 ônibus e 105 caminhões durante a paralisação.

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