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Os mais de 8 mil metalúrgicos das montadoras Volkswagen/Audi, Renault/Nissan e Volvo, na grande Curitiba, encerraram ontem a greve iniciada na semana passada. Em assembléia realizada de manhã, eles decidiram aceitar a proposta feita pelas montadoras – a quinta desde que a campanha salarial começou, em meados de agosto. Eles vão receber 4,19% de reajuste em setembro, 0,78% em janeiro e R$ 700 de abono, que será pago na próxima segunda-feira.

Os dias parados por conta da greve não serão descontados, mas terão de ser compensados pelos trabalhadores. Cada montadora irá convocar os funcionários para uma escala diferenciada, de acordo com a demanda de produção.

O reajuste conseguido pelos trabalhadores ficou abaixo do pedido inicial, que era de 5% de aumento real, além de 2,85% de reposição da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Ainda assim, ficou acima do aumento real de 1,3% oferecido inicialmente pelo Sindicado Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea), que representa as empresas.

"Tivemos avanço significativo em comparação à proposta inicial. Estamos satisfeitos com o acordo", avalia o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e região (SMC), Sérgio Butka. Por duas vezes durante a negociação, o SMC ameaçou romper o diálogo com o Sinfavea, mas acabou fechando acordo com a entidade pelo terceiro ano consecutivo.

Na Volkswagen/Audi, que emprega 3,6 mil pessoas, e na Renault/Nissan, que tem 3,1 mil funcionários, a paralisação começou na última quarta-feira. Já a greve dos 1,9 mil trabalhadores da Volvo – que não registrava paralisações desde 2001 – teve início um dia depois, na quinta-feira.

Saldo

O sindicato dos metalúrgicos estima que, durante a greve, a Volks/Audi deixou de produzir aproximadamente 3,2 mil automóveis dos modelos Fox, Golf e Audi A3. A Renault/Nissan, por sua vez, teria deixado de fabricar 3,2 mil motores e 1,5 mil automóveis e utilitários dos modelos Clio, Scenic, Megane, Máster e Frontier. Já a Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba, deixou de produzir 24 ônibus e 105 caminhões.

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