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O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) informa que anunciará às 15 horas desta segunda-feira (8), em entrevista coletiva, ações contra demissões nas montadoras Volvo, Renault, Nissan e Volkswagen-Audi e nas demais empresas do setor. Participarão do evento o presidente da entidade, Sérgio Butka, o coordenador técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cid Cordeiro, além de dirigentes sindicais da categoria. A categoria já vem se mobilizando desde a semana passada: na tarde de sexta-feira e na manhã desta segunda-feira, os metalúrgicos protestaram em frente às montadoras.

O SMC representa aproximadamente 71 mil trabalhadores de Curitiba e região metropolitana, dos quais 11 mil trabalham em montadoras. Na manhã desta segunda-feira (8), o sindicato promoveu uma manifestação contra as demissões no setor em frente à fábrica da Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Segundo o SMC, duas mil pessoas participaram do ato. Na tarde de sexta-feira (5), cerca de mil manifestantes já haviam protestado, pelo mesmo motivo, em frente à Bosch.

O SMC reclama que as empresas não têm consultado o sindicato para negociar as demissões. Durante a 5ª Marcha Nacional dos Trabalhadores, que aconteceu na última quarta-feira (3), em Brasília (DF), promovida pelas Centrais Sindicais, os sindicalistas entregaram um documento ao Governo Federal pedindo que as demissões sejam negociadas, diante da crise mundial que está sendo anunciada.

Demissões

No início da semana passada, a Volvo anunciou a dispensa de 430 trabalhadores na fábrica localizada em Curitiba. Desses, 250 seriam funcionários com contrato temporário e os outros 180 do quadro efetivo. Com a demissão, a planta passou a ter 2.410 trabalhadores. A empresa apontou como razões para o corte de empregos o desaquecimento das vendas internas, a redução das exportações e a previsão de que o mercado brasileiro de caminhões terá uma retração de 20% em 2009.

Na Bosch, empresa que produz bombas injetoras e componentes para o sistema a diesel, desde o mês de janeiro cerca de 800 trabalhadores foram demitidos. Na semana passada, foram dispensados 200. A empresa alega que a crise mundial afetou as vendas e principalmente as exportações, que hoje giram entre 60% e 70% da produção. A planta de Curitiba da empresa tem hoje cerca de 4,5 mil trabalhadores. Recentemente, eles fizeram greve de três dias por acordo coletivo na data-base.

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