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Curitiba – A missão oficial que levou empresários e representantes paranaenses à Venezuela na semana passada rendeu até agora negócios de US$ 291 milhões. Desse total, US$ 115 milhões em contratos de importação e exportação foram fechados até sexta-feira e, segundo o governador Roberto Requião, nos dias seguintes, empresários que permaneceram no país fecharam negócios envolvendo outros US$ 176 milhões. Os resultados foram apresentados ontem, durante a reunião semanal do secretariado.

"Esta foi a maior missão desde o início do governo, tanto em número de empresas quanto em negócios fechados", comemorou o secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho. Segundo ele, viajaram à Venezuela representantes de 47 empresas do Paraná e 20 de outros estados, que realizaram 150 rodadas de negócios com empresários venezuelanos. Doze áreas do governo paranaense firmaram, ainda, 27 acordos de cooperação e transferência de tecnologias para o país governado por Hugo Chávez.

Antônio Carlos de Oliveira, diretor da Brazil Foods, contou que, por conta da visita ao país vizinho, está antecipando um plano de negócios que antes estava programado somente para 2007. A empresa, especializada em alimentos rastreados, fechou um contrato para a exportação de US$ 1 milhão em feijão, e deve vender ainda cerca de 10 mil toneladas de soja certificada aos venezuelanos. Os negócios não se limitaram às vendas: a partir de agora a Brazil Foods também vai importar feijão vermelho produzido na Venezuela.

O superintendente da Administração dos Portos de Antonina e Paranaguá (Appa), Eduardo Requião, destacou o acordo de "atracação privilegiada" fechado entre o terminal de Paranaguá e os portos venezuelanos de Cabello, La Guairá e Guanta. Na prática, navios que partirem do Paraná terão prioridade de desembarque nos portos venezuelanos e vice-versa. "Hoje poucos navios fazem essas rotas, por conta dos baixos volumes", disse o superintendente da Appa. "A intenção agora é concentrar em Paranaguá os embarques à Venezuela hoje diluídos entre outros portos brasileiros.

Números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que a balança comercial entre Paraná e Venezuela é bastante favorável aos paranaenses. De janeiro a outubro, o estado vendeu US$ 147 milhões – boa parte em carne de frango, veículos, tratores, óleo de soja e madeiras – e comprou apenas US$ 7,3 milhões, a maior parte em uréia.

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