O governo brasileiro ainda não tem uma posição definida em relação ao modelo que o País deverá adotar de rádio digital, afirmou nesta terça-feira (23) o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Segundo ele, ainda estão sendo feitos testes com os sistemas que já são usados em outros países, que devem continuar durante 2012.
"Estão sendo feitos testes no momento, mas o governo está disposto a fazer definição em conjunto com o Congresso", afirmou o ministro em audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.
Os principais modelos em estudo no País são o americano e o europeu. Ainda assim, acrescentou o ministro, os países que já implementaram o rádio digital têm enfrentado inúmeros problemas, como diminuição do alcance do sinal e mesmo interferências em canais próprios. "Também houve baixa adesão por parte da população, o que gera menos interesse publicitário. Portugal, por exemplo, começou a reverter o processo", completou Bernardo.
Outra dificuldade, apontou o ministro, é o custo dos equipamentos. Nesse sentido, os técnicos do governo se mostram mais inclinados à adoção do sistema utilizado nos Estados Unidos embora este tenha menos recursos. "Hoje venceria o modelo americano. Modelo europeu é mais caro, e esse fato pode levar ao fracasso da adoção do sistema", disse Bernardo.
Por isso, ressaltou, independentemente do modelo escolhido, os equipamentos deverão ser produzidos no País, como forma de baixar o custo. "O sistema a ser adotado também deverá possibilitar uma rápida transição para as rádios comunitárias e educativas", disse.
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