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Fábrica da Renault, em São José dos Pinhais. | Agência Gazeta do Povo/ Bruno Covello
Fábrica da Renault, em São José dos Pinhais.| Foto: Agência Gazeta do Povo/ Bruno Covello

Estado cresce no ramo de autopeças

Apesar da perda de espaço na produção de veículos, o Paraná avançou na indústria de autopeças em 2013. O faturamento dessas empresas no estado aumentou 24% no ano, chegando a R$ 6,6 bilhões – o equivalente a 7,7% do total nacional. Em 2012, a fatia paranaense no segmento era de 6,5%. Neste ano, a produção de autopeças está caindo no Paraná e no Brasil, conforme reportagem publicada em 26 de agosto. Leia mais

Terceiro maior parque automotivo do país, o Paraná perdeu participação na produção total de veículos em 2013. Segundo o mais recente anuário da Anfavea, associação do setor, as montadoras instaladas no estado produziram 512 mil carros, caminhões e ônibus no ano passado, o equivalente a 13,7% do total nacional. Em 2012, com 518 mil veículos, o polo paranaense foi responsável por 15,1% da produção brasileira, a maior fatia já alcançada pelo estado.

O peso do Paraná na indústria nacional diminuiu porque as montadoras locais reduziram a produção em 1%, ao passo que o conjunto das montadoras avançou 9% no ano passado. Dos oito estados brasileiros que abrigam montadoras, dois perderam espaço em 2013 – além do Paraná, Minas Gerais também recuou. O espaço perdido por paranaenses e mineiros foi ocupado pelos demais estados (São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Rio de Janeiro, Goiás e Amazonas).

A retração paranaense pode ser atribuída a um fator pontual: a parada de dois meses na Renault, que interrompeu a produção na virada de 2012 para 2013 a fim de ampliar e modernizar sua fábrica, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. As outras empresas com fábrica no estado são as montadoras de automóveis Volkswagen e Nissan, ambas de São José dos Pinhais, e as fabricantes de caminhões Volvo (Curitiba) e DAF/Paccar (Ponta Grossa).

Incógnita

A evolução da fatia do Paraná em 2014 ainda é uma incógnita, pois nem todos os dados disponíveis apontam para a mesma direção. A pesquisa industrial do IBGE, por exemplo, indica que a fabricação de veículos no estado caiu 15,7% no primeiro semestre, um resultado ruim, mas ligeiramente melhor que o da média nacional, que baixou 16,9%. A Anfavea informa que a produção nos oito primeiros meses deste ano caiu 17,9% em todo o país, mas não apresenta os dados por estado.

As exportações de veículos, segundo o Ministério do Desenvolvimento, caíram 37% no Paraná entre janeiro e julho, mais que em todo o Brasil (-27%), principalmente por causa do "efeito Argentina" – proporcionalmente, as montadoras do Paraná são mais afetadas pela crise no país vizinho que as empresas de outros estados.

No mercado doméstico, as empresas com fábrica no Paraná estão, no geral, tendo um ano ruim. De janeiro a agosto, as vendas da Renault foram praticamente idênticas às do mesmo período de 2013. As da Nissan caíram 17%, as da Volkswagen, 15% e as da Volvo, 6%.

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