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Com vendas em queda e cortes na produção, a indústria automobilística vai pedir à reeleita presidente Dilma Rousseff que mantenha inalterada as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis. As taxas integrais do imposto estão previstas para serem retomadas em 1º de janeiro, depois de dois anos de redução.

O setor também quer retomar a discussão sobre um programa de proteção ao emprego que prevê prazos mais longos para o chamado lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho), hoje de no máximo cinco meses. A ideia é que o prazo seja ampliado para pelo menos um ano. Com isso, as montadoras acreditam que poderão manter vagas até que o mercado brasileiro apresente melhora, o que é esperado a partir do segundo semestre de 2015 ou, para algumas montadoras, somente a partir de 2016.

A presidente Dilma Rousseff é esperada na abertura do Salão Internacional do Automóvel, amanhã.

Ontem, dia em que as fabricantes nacionais apresentaram suas novidades à imprensa, o tema do IPI foi recorrente entre os executivos do setor. Eles temem um começo de ano difícil com a alta do imposto. Este ano o setor já deve amargar uma queda de 8% a 10% nas vendas, segundo estimativa da maioria dos executivos.

"Seria ideal que não houvesse o aumento, pois o mercado está em queda", afirma o presidente do grupo Fiat, Cledorvino Belini. Para o presidente da Nissan, François Dossa, "o carro brasileiro precisa deixar de ser o mais taxado no mundo", e a manutenção do IPI seria uma primeira etapa.

Para o presidente da Volkswagen, Thomas Schmall, só a manutenção do IPI, isoladamente, não é suficiente. Ele defende também medidas para ampliação do crédito e um programa de renovação da frota.

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