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Nunca tantas montadoras recorreram ao layoff (suspensão temporária de contratos de trabalho), a férias coletivas, semanas curtas de trabalho e programas de demissão voluntária num único ano.

Em 2014, esses expedientes foram adotados em quase todos os meses, numa espécie de rodízio entre a maioria das empresas para driblar a ociosidade das fábricas, que supera os 20%.

O cenário culmina com um fim de ano de férias coletivas mais longas do que em anos anteriores em várias empresas. Fabricantes como Ford, General Motors, Mercedes-Benz e Volvo darão folgas de quatro a cinco semanas, quando o tradicional são duas a três semanas. Na Volvo, de Curitiba, a parada será de 30 dias, dez a mais que no ano passado.

A grande maioria dos trabalhadores de montadoras, entre horistas e mensalistas, ficará em casa neste fim de ano. Nas autopeças, 80% das empresas também vão parar por períodos que acompanham as montadoras, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

"De 2000 para cá, este foi o ano que teve mais paradas de produção", constata o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques. Uma exceção citada por ele nesse período é 2001, quando o racionamento de energia levou várias fábricas a interromperem a produção seguidas vezes no segundo semestre.

2015 melhor

Embora o cenário para a indústria automobilística em 2015 continue "nebuloso", o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, aposta que será melhor que este ano. "Se mantivermos o ritmo de vendas desses últimos meses, certamente será melhor que 2014", diz ele.

Em setembro e outubro, as vendas melhoraram em relação ao mês anterior, mas seguem com queda de quase 9% no acumulado de janeiro a outubro, com 2,833 milhões de unidades.

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