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A agência de classificação de risco Moody’s ameaçou rebaixar a nota da Espanha em reação à expectativa de baixo crescimento econômico do país e pelo risco de contágio da crise grega que ainda não se dissipou. Ontem, a agência colocou a nota do país em perspectiva negativa, o que significa que pode decidir pelo rebaixamento nos próximos meses.

Atualmente, a nota de risco de crédito da Espanha pela Moody’s é Aa2 e pode ser revisada para Aa3, ainda entre as mais altas consideradas grau de investimento. Em comunicado, a agência disse que uma redução da nota espanhola estaria limitada a um nível, o que poderia ocorrer nos próximos três meses.

O custo de financiamento público na Espanha – apontada como um possível próxima vítima da crise, junto com a Itália – vem crescendo. Depois do anúncio da Moody’s, os juros do títulos públicos do país aumentaram ainda mais. A taxa de retorno nos títulos de 10 anos subiu 0,1 ponto, para 6,10% ontem. A diferença entre os títulos espanhóis e os alemães – considerados uma refe­­rência na Europa – passou para 3,5%.

Um dos principais problemas da economia real da Es­­panha é o desemprego, o maior da Europa. O país registrou queda na taxa de desemprego para 20,9% no segundo trimestre do ano, ainda a mais alta da região, segundo dados divulgados ontem. No primeiro trimestre o desemprego foi de 21,3%. A maior parte da recuperação do emprego foi no setor de serviços, puxada pelo turismo de verão no país.

Consumo

As vendas do varejo da Grécia, em volume, recuaram 10,9% em maio, em bases anuais, após recuarem 8,8% em abril, à medida que os consumidores continuaram a reduzir seus gastos em meio à crise da dívida grega, afirmou a agência de estatísticas do país. Em bases por receita, as vendas no varejo caíram 8% em maio, em comparação com o mesmo período do ano passado, depois de cederem 4,8% em abril.

As vendas no varejo diminuíram em todas as categorias, com alimentos, bebidas e tabaco registrando declínio de 20,1% em bases anuais em maio, enquanto as vendas de rou­­­­pas e calçados caíram 18,5%. As vendas dos supermer­­cados declinaram 7,6% e as de lojas de departamentos, 7,3%.

Enquanto isso, os gastos dos consumidores da França subiram mais do que o esperado em junho, segundo o instituto nacional de estatísticas, o Insee. A alta foi de 1,2% em comparação com maio e de 1,8% em re­­la­­ção a junho do ano passado. Eco­­nomistas ouvidos pela Dow Jones esperavam que os gastos au­­mentassem 0,5% no mês e 1,5% no ano. A Insee revisou os dados de maio para mostrar queda mensal de 0,3%, contra o 0,8% calculado anteriormente.

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