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O lançamento da segunda etapa do projeto BNDES Transparente, que disponibiliza para a sociedade todos os dados relativos s operações diretas e indiretas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), traduz uma luta das centrais sindicais. Quem afirma é João Antonio Felício, secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e membro do Conselho de Administração do BNDES.

Quanto mais aberto o banco, quanto mais explicativo ele for sobre as suas ações, melhor. Eu acho que é uma coisa muito positiva, afirmou Felício, durante a solenidade de lançamento do projeto, hoje (13), n o Rio de Janeiro.

A maior transparência s operações do banco atende a pleito do movimento Plataforma BNDES, que reúne diversas entidades sociais que monitoram as ações do banco. Em julho de 2007, o movimento entregou ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, documento propondo uma maior publicidade da carteira de empréstimos da instituição.

Joba Alves, do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), afirmou que o Plataforma BNDES reconhecia na iniciativa do banco um importante passo no resgate e na reafirmação da natureza pública da instituição.

Ele reivindicou, no entanto, que sejam tornadas públicas informações precisas sobre alguns itens importantes, como a classificação de risco ambiental dos projetos e os critérios de aprovação. Joba Alves disse ser inadiável o estabelecimento de uma política voltada a estabelecer reparações por passivos sociais e ambientais gerados por projetos financiados pelo BNDES

O Plataforma BNDES também considera que ainda é muito reduzida a presença dos micro e pequenos empreendimentos no total desembolsado pelo BNDES. Segundo o movimento, apenas 10% dos desembolsos do banco se destinaram s micro e pequenas empresas em 2008, enquanto 76% foram para as grandes empresas.

O diretor-geral do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Grzybowski, disse que a transparência nas informações é fundamental em uma democracia. E exemplificou a área econômica, em especial, onde os movimentos sociais encontram resistência abertura das informações. É uma área não aberta de todo democratização. Não vou entrar em detalhes. Mas, bastaria lembrar o quanto é difícil nós intervirmos na política do Banco Central, afirmou.

Grzybowski elogiou a abertura do orçamento estratégico do BNDES sociedade brasileira. Segundo ele, o BNDES, com isso, estava desafiado a dar passos frente e repensar o que fez e o que tem a fazer. Um dos desafios na agenda do BNDES é, segundo manifestou o diretor-geral do Ibase, conciliar justiça social com a preservação do patrimônio ambiental do Brasil.

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