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O Ministério Público Federal abriu investigação sobre a implantação de um projeto de mineração de ouro em área próxima à futura hidrelétrica de Belo Monte, na região de Altamira (a 900 km de Belém). O projeto foi apresentado na semana passada pela empresa canadense Belo Sun Mineração, em audiência pública na cidade de Senador José Porfírio (a 906 km de Belém), que concentrará a maior parte do empreendimento. E já começa a provocar polêmica.

Funcionará na Volta Grande do Rio Xingu, região onde vivem índios arara e juruna, que têm promovido protestos contra Belo Monte. O empreendimento ficará a 20 km de distância da hidrelétrica.

A empresa prevê investir R$ 760 milhões no projeto. A previsão é começar a implantação em 2014 e a extração do ouro, em 2016. Funcionará durante 12 anos, tempo estimado para esgotar a reserva. A produção de ouro estimada é de 4.684 kg por ano. A empresa afirma que é o maior projeto de mineração de ouro do Brasil. A Belo Sun diz ainda que, depois dos 12 anos, o local poderá ser reaproveitado para atividades de turismo.

O Ministério Público Federal afirma que o relatório de impacto ambiental do projeto não menciona os impactos cumulativos, provocados em conjunto pelo projeto de mineração e pela hidrelétrica de Belo Monte, nem cita eventuais impactos aos índios.

O órgão está levantando informações sobre o empreendimento. Os procuradores querem que sejam feitas mais audiências públicas.A empresa afirma que os impactos possíveis estão listados no relatório.

Há uma expansão econômica na região por causa das obras de Belo Monte, que deve ficar pronta em 2019 e será a terceira maior hidrelétrica do mundo. A hidrelétrica irá usar o rio Xingu para gerar energia e também vai afetar a Volta Grande do Rio Xingu, área que é uma espécie de curva existente no rio. Nesse local, a vazão do rio será reduzida.

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