Apucarana A minirreforma eleitoral preocupa empresários de Apucarana, Norte do Paraná, responsáveis por 50% da produção nacional de bonés. "O período eleitoral representa uma venda sazonal, mas que garante um bom rendimento para o setor", avalia o empresário Jaime Leonel, da Milano Bonés, presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Bonés de Qualidade (Abrafabq). A cidade tem cerca de 200 fábricas de bonés, que empregam 5 mil pessoas.
Segundo Leonel, 70% dos bonés produzidos em Apucarana são promocionais. "É um produto direcionado para o marketing de empresas e prestadores de serviços, que expõem nos bonés sua logomarca, nome e telefone", afirma. Para entrar em vigor já em 2006, a lei precisa ser aprovada até o fim de setembro. Até lá, os empresários pensam em se mobilizar para evitar a proibição de bonés, camisetas e brindes nas campanhas. "Seria interessante reverte isso, considerando que o boné é um brinde barato e rende muita mão-de-obra", diz.
O empresário Antônio Carlos Machado, da MBrazil Bonés, que está no ramo há 20 anos, também lamenta a proposta de mudança da lei eleitoral. "É bastante ruim para nós, mas ainda há tempo para tentar uma mobilização",diz. Machado diz que, em ano de eleição, as empresas têm uma renda extra garantida. "Não acho que o boné, que já está na cultura do processo político, iria prejudicar o desenvolvimento de uma eleição", opina.
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