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Dilma na cerimônia de lançamento do plano: esperança de regras mais claras para as relações de consumo no país | Roberto Stuckert Filho/Presidência da República
Dilma na cerimônia de lançamento do plano: esperança de regras mais claras para as relações de consumo no país| Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

Proteção

A intenção do governo com o Plano Nacional de Consumo e Cidadania é estabelecer regras claras para a defesa do consumidor diante dos serviços mais problemáticos do país. Veja as principais ações:

Agências reguladoras

O conselho do plano vai determinar um prazo para que as agências respondam às reclamações dos usuários dos serviços regulados (telefonia, planos de saúde, tevê por assinatura). Dilma Rousseff também manifestou a intenção de que os órgãos deixem de ter caráter político e passem a privilegiar o corpo técnico.

Cliente virtual

Foi criado o Decreto de Comércio Eletrônico, que vai formular regras para as compras em lojas virtuais. O decreto obriga que os sites abram canais de atendimento ao consumidor e cria procedimentos sobre o exercício do direito de arrependimento da compra.

Proximidade

Para aumentar a atuação do Procon, o plano prevê uma aproximação do órgão com Juizados Especiais Cíveis. A relação aceleraria a execução das decisões.

Bancos

As instituições bancárias deverão informar as diferenças dos custos das tarifas individualizadas ou em pacotes e destacar a composição dos custos nas operações de crédito e câmbio.

O Plano Nacional de Consumo e Cidadania, anunciado pela presidente Dilma Rousseff ontem, no Dia do Consumidor, tem como objetivo regulamentar as relações de consumo no Brasil, mas começou apenas com promessas. A proposta sugere um conselho de ministros e agências reguladoras que vai formular, em 30 dias, regras para a relação entre fornecedor e cliente dos serviços mais problemáticos do país.

"Essas medidas não são contra um ou outro, mas sim a favor de todos", afirmou a presidente Dilma Rousseff no lançamento do plano. A intenção do governo federal é transformar a defesa do consumidor em uma política de estado.

O plano prevê a criação de três comitês em setores campeões de reclamações: serviços regulados, turismo e pós-venda. Os grupos devem elaborar regras claras para cada tipo de serviço e normas práticas de conduta para os consumidores que se sentirem prejudicados. Uma das intenções da presidente, é dar mais celeridade à atuação das agências reguladoras e tornar o corpo destes órgão mais técnicos do que políticos.

Um dos serviços com novas regras já anunciadas é o bancário. A partir de agora os bancos deverão ser mais transparentes. O Conselho Monetário Nacional (CMN) passa a exigir, por exemplo, que as instituições esclareçam aos seus clientes todas as possibilidades de taxas na contratação de algum serviço bancário, sejam elas individuais ou por pacotes. Eles também são obrigados a informar o Custo Efetivo Total (CET) antes da contratação das operações de crédito e de arrendamento financeiro informar antes da contratação de operações de crédito e de arrendamento financeiro.

"A decisão de hoje é muito relevante porque dá mais condições, efetivas condições, para que o cliente possa exercer seu direito de escolha da instituição", afirmou o chefe do Departamento de Normas do Banco Central, Sérgio Odilon dos Anjos. Ele acredita que a medida reforça a posição do Brasil como referência mundial em padronização de tarifas bancárias.

Procon

O plano também conta com um projeto de lei de fortalecimento dos Procons em todo o Brasil. A lei transformaria os acordos feitos no órgão em títulos executivos judiciais. Também seria permitido ao Procon determinar medidas corretivas como restituição de cobranças indevidas, substituição ou reparação de produtos e prestação adequada de informações por parte das empresas.

A coordenadora do Procon-PR, Cláudia Silvano, afirma que é necessário aguardar que a regulamentação do plano seja definida, mas acredita que o anúncio é positivo. "O que temos por enquanto é mais um direcionamento do que de fato um plano, mas o simples fato de tornar a defesa do consumidor em uma política de estado já é um grande indicativo. Agora é preciso esperar que as medidas sejam devidamente executadas", completa.

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