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Apesar de alguma euforia em torno da poupança, só uma análise caso a caso é capaz de definir o investimento mais vantajoso. "Dependendo do fundo em questão, o retorno líquido pode realmente ser menor do que o oferecido pela poupança", explica a superintendente executiva do Santander Banespa, Sinara Polycarpo Figueiredo. A diferença está na taxa de administração. "Os fundos com taxas mais caras, mais de 3,5%, já empatam com a poupança."

Por isso, quem pretende investir deve fazer as contas. Do rendimento de um fundo, é preciso descontar a taxa de administração cobrada pelo banco e o IR – cuja alíquota varia conforme o tempo de investimento. Em média, o desconto é de 20%. "Para os pequenos investidores, que aplicam menos de R$ 2 mil, as taxas variam entre 3% e 5%, diz o consultor Raphael Cordeiro. "A conta é simples. Um fundo LFT que só compra títulos do governo federal tem rendimento bruto de 13,2% ao ano. Descontando taxa média de 4% e o IR, ele cai para 7,33%", calcula. O rendimento da poupança nos últimos 12 meses foi de 8,4%. "A projeção para os próximos 12 meses é um rendimento de 8%. Ou seja, mesmo se a Selic não cair mais, a caderneta ganha."

Mas o analista lembra que, dependendo do banco e do valor, o poupador pode obter taxas mais atraentes. "Para aplicações maiores, em torno de R$ 100 mil, o cliente pode pagar até 0,5% pela administração. Neste caso, o fundo ainda é melhor." Pelos cálculos do analista, os fundos só deixarão de ganhar da poupança caso a taxa chegue a 9,5%. "Mas ainda não temos cenário para isso."

Outro aspecto a pesar é que a poupança tem liquidez mensal – o investidor só ganha no fim de um mês. "Já os fundos e os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) têm rentabilidade diária proporcional. Para quem sabe que vai usar o dinheiro depois de um mês e meio é provável que eles sejam melhores."

Para o diretor executivo da Corretora Infinity, David Fernandez, no entanto, poupança e fundos de renda fixa são investimentos igualmente ruins. "Investimentos de R$ 20 mil já conseguem entrar em fundos melhores." Por causa da tendência de queda da Selic, Fernandez acredita que a melhor opção está nos fundos multimercados. "O risco é um pouco maior, mas o histórico é bom." Eles têm rendimento médio mensal de 1,1%, descontadas as taxas administrativas. "Tirando o IR, vai para 0,88%, contra 0,66% da poupança em novembro, por exemplo."

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