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Silvio Vaz, da Fundação Vale, fala durante o Painel de Sustentabilidade organizado durante a Feira de Gestão | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
Silvio Vaz, da Fundação Vale, fala durante o Painel de Sustentabilidade organizado durante a Feira de Gestão| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

O mundo vive uma "crise socioambiental" de proporções nunca vistas e que, na opinião do diretor brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, coloca em risco o sobrevivência das pessoas e das empresas. "Temos que chegar a uma nova forma de pensar e produzir, para garantir o nosso futuro. O tema da agenda internacional deve ser como combinar crescimento e preservação", diz. Samek participou ontem do painel sobre sustentabilidade no último dia da Feira de Gestão da FAE Centro Universitário.

O diretor da Itaipu lembrou ainda que as emissões de gás carbônico do Brasil equivalem a apenas 5% do total emitido nos Estados Unidos e na União Europeia, e questionou a posição dos países desenvolvidos na busca por uma solução. "É como se todo mundo estivesse participando de um enorme banquete, você é convidado apenas para tomar o cafezinho, mas tem que dividir a conta."

O caminho para o desenvolvimento sustentável, defendeu o diretor presidente da Fundação Vale, Silvio Vaz, é a convergência de esforços privados e públicos. "No fundo, todas as esferas buscam a mesma coisa. Todos querem casa, saúde e luz elétrica. Essa convergência vai nos possibilitar fazer o Brasil que queremos para 2020." Vaz citou como exemplo o investimento que a Vale vai fazer no projeto Serra Azul, na Região Norte do país. Ao todo, serão investidos mais de US$ 11,3 bilhões, para criar o que deve ser a maior mina a céu aberto do mundo. Segundo o diretor da Fundação, a Vale pretende desenvolver uma Parceria Público-Privada (PPP), de forma que os R$ 2,2 bilhões de impostos que serão recolhidos sejam aplicados diretamente naquelas cidades.

Multiplicador

O presidente da indústria de perfumes e cosméticos O Bo­­ticário, Artur Grynbaum, também participou do painel e apresentou o modelo de gestão sustentável adotado pela empresa. "Não é um desejo do Artur ou de alguém específico. A sustentabilidade tem que estar no processo de governança da empresa. Trazemos isso para todas as decisões", diz. Segundo Grynbaum, os projetos de responsabilidade social e ambiental da empresa incluem também esforços para inclusão da cadeia de fornecedores e de franqueados. "A sustentabilidade no negócio deles faz diferença para nós também." Cerca de 80% dos fornecedores da empresa e 80% dos franqueados já participam dos projetos, diz o presidente.

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